Prefeitura Itabuna

Trief

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15 de junho de 2016

FALTA ÁGUA PORQUE FALTA GOVERNO

Vane nada fez para atenuar a escassez de água em Itabuna
Não é de hoje que se fala que a água é um bem precioso e que, um dia, faltará. Pois bem, chegou o “tal dia”. Ou melhor, chegou o período e não se sabe por quanto tempo. Se houvesse planejamento neste esquecido sul da Bahia, talvez pudéssemos prever por quanto tempo teríamos as torneiras regradas. Vários municípios na região cacaueira já sofrem com a falta de água. Prefeito atuam e até decretam estado de emergência, com o intuito de buscar ajuda dos governos estadual e federal para vencer a crise. Mas parece que o até o momento nossas autoridades maiores não se deram conta de que o problema é gravíssimo e requer ações conjuntas. E quando se diz “conjunto” leia-se: todos. Faltam, no sul da Bahia, em todos os setores, ações preventivas. Não se trabalha neste Estado com a antecipação de nada. Muito menos para o abastecimento de água. A culpa é da falta de chuva. Sim, não está chovendo como o previsto para o período, mas será que nós não estamos tratando esse bem precioso com muito descaso? Será que não estamos apostando demais na solução vinda do céu? Existem várias formas de captar água, assim como há inúmeros projetos que promovem o reuso dela. Indicação ou facilitação para os cidadãos terem acesso a esses mecanismos não existe, o que deveria partir dos governantes. Os projetos são caros para a população, que necessitaria de incentivo do governo, com linhas de crédito facilitadas, o que não se discute em momento algum. Além da falta de incentivo para o melhor uso e trato com a água, há um desperdício abundante e que não é combatido. É claro que não há conscientização e boa vontade de uma parte das comunidades, mas há, também, falta de informação e de campanhas publicitárias alertando e orientando a população. Agora que o problema já está em alerta vermelho, as discussões giram em torno de ações emergenciais para lidar com o colapso, entre elas o racionamento. Em momento algum, fala-se no que fazer para economizar a água constantemente. O que nos leva a crer que se houver um período chuvoso que venha abarrotar nossos sistemas, vamos esquecer completamente o problema e, consequentemente, esperar para discutir o assunto na próxima crise hídrica. E, quem sabe, fazer a “dança da chuva” sempre ela insistir em não cair. O assunto é muito sério e deve ser tratado como tal pelas autoridades. A Emasa pedir que a população itabunense feche as torneiras quando a água já não existe é até ironia. Ao que parece, na Bahia os governos não têm meios, muita afinidade, nem interesse para tratar o assunto com a seriedade que ele merece. Que busquem, então, exemplos de outros municípios, estados e países, que há muitas décadas se anteciparam em criar alternativas contra o que pode ser o maior problema da humanidade em um futuro próximo. O Estado de Israel, por exemplo, localizado em uma região desértica no Oriente Médio, utiliza vários métodos para combater a falta de água. Entre eles, a construção de usinas de dessalinização da água do mar, o reaproveitamento quase total dos esgotos e um rígido combate ao desperdício. Então, em um país onde altos recursos são desviados, e onde o nosso maior bem, a Petrobras, vem sendo sucateada, com a partilha de milhões de reais entre corruptos e corruptores, dinheiro é o que não falta para investimentos similares aos aplicados por aquele país. Ilhéus está ali, há só 30 quilômetros de Itabuna, com o Oceano Atlântico esbanjando água a ser tratada.

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