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Câmara Itabuna

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31 de maio de 2016

VANE NÚ NO REINO DO RATO QUE ROEU A ROUPA DO REI

Ninguém vai estranhar se os cururus tirarem até as roupas do Rei
Na minha imaginação, ou devaneio, Manuel Bandeira decifrou a alma da maioria do povo itabunense, quando discorreu sobre o anseio de estar em Pasárgada, um lugar onde era amigo do rei. Em essência, é o que muitos do sofrido povo de Itabuna desejam. Se o dito cujo for vereador, dispensa todas as outras maravilhas da terra idealizada pelo poeta - do banho de mar à mulher desejada na cama escolhida - se tiver cargos, verbas públicas e alguma influência no palácio do rei, submergido do reinado simplório de Cipó. Só isto bastaria para a confraria dos edis nergulhar no profundo sono dos bobos da corte. Claudevane Leite ("PCdoB"), o monarca da Pasárgada grapiúna, conseguiu a proeza de afugentar aliados. Ofereceu mundos e, sobretudo, fundos. Mas seu rol de amigos foi reduzido, no comando e desmandos institucionais, a uma minoria vexatória. A esse ponto chegou Vane: seus aliados no universo do reino dos deuses cabem numa bicicleta. O reinado de Vane já nasceu moribundo, mas existiam feudos a serem conquistados. Todavia, logo foram dominados pelos cururus. Daqueles tipos de sapos, que nunca se transformam em príncipes. E as disputas internas transformaram o palácio do crente Vane num pandemonio, onde gregos e troianos o culpam pela malemolência, parcimonidade e inércia contumaz. Não há na prefeitura uma mísera alma disposta a apostar meia pataca na sua capacidade de reverter a rejeição a que ele está submetido no meio dos seus súditos. E assim o reinado segue com o rato roendo a roupa do rei. Antes de deixar sua coroa e setro, só restará ao decepcionante monarca, encomendar a divulgação de um comunicado. O texto informaria que cientistas mobilizados pelo reino desenvolveram um terno especial, com o qual Vane passou a se vestir. O novo terno é de beleza rara e resistência infinita. Mas é invisível aos súditos de Pasárgada. Assim, ninguém estranhará quando algum cururu gritar: "Deus do céu, o Rei está nú!"

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