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| Bravatas são usadas pelos petistas contra a honra do STF |
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que a também presidente afastada Dilma Rousseff ofereceu “ajuda” de cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a primeira desde que foi afastado do mandato por unanimidade pelo STF, Cunha disse que a proposta foi feita em seu último encontro reservado com a petista, em setembro de 2015. “A presidente, no dia em que eu estive com ela, em 1º de setembro, fui para uma audiência que ela convocou para falar de medidas e sei lá o quê. Ela disse que tinha cinco ministros do Supremo para poder me ajudar”, revelou. De acordo com o peemedebista, não foi revelado que tipo de ajuda seria esta. Na época da reunião com Dilma, Cunha havia sido denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Lava Jato, por suspeitas lavagem de dinheiro e corrupção no esquema do petrolão. Acusado por Dilma de ser o “capitão do golpe” e de ter aceitado o pedido de impeachment por retaliação ao fato de deputados do PT no Conselho de Ética anunciarem votos contra ele, Cunha negou ter feito “chantagem”. “Eu não fiz chantagem. Fui eu que não aceitei a chantagem dela. Tenho três testemunhas que estavam na minha sala quando Jaques Wagner surgiu na linha do telefone tentando falar comigo. Ele dizia: 'O PT quer votar com você. A gente faz tudo, não faça isso', afirmou. O peedemebista também criticou a atuação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na Lava Jato e disse que ele o escolheu “como inimigo”. “Acho que tem seletividade. Me escolheram. Estão chegando a tal ponto que querem abrir inquérito contra pessoas que acham que são minhas aliadas. Chegaram nesse nível”, declarou. Cunha ainda refutou a tese de que não poderia presidir a Câmara dos Deputados e nem estar na linha sucessória da Presidência da República por seu réu, argumento que embasou a decisão do STF de afastá-lo do mandato. “O artigo 86 da Constituição é muito claro. Não posso ser processado por atos estranhos às minhas funções. E eles teriam de colocar prazo no meu afastamento, limitando-o a igual período da presidente da República, 180 dias”, argumentou. Cunha disse também não temer a possibilidade de ser preso e afirmou achar que vai retomar o mandato. “Acho que retorno. Nós vamos produzir recursos, vamos conseguir convencer o Supremo”, asseverou. Ele negou, ainda, que vá renunciar e afirmou que seu afastamento não decretou sua morte política. “Não morri nem pretendo morrer. Ou não estaria aqui falando com vocês”, ironizou. Questionado sobre o que diria se estivesse frente a frente com Dilma, o presidente afastado da Câmara respondeu. “Tchau, querida”, aos risos.

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