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Trief

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17 de janeiro de 2016

CARNAVAL E VIOLÊNCIA NÃO SE MISTURAM


Os "Espíritos de porco" emporcalham a festa do rei Momo
Os assuntos violência e carnaval não deveriam ter nada em comum: violência causa sempre imenso sofrimento à família; é o oposto do Carnaval, cujos primeiros clarins ao longe, anunciando a sua chegada em fevereiro, sempre trazem promessas de alegrias e brincadeiras. Convivo com o noticiário da violência há mais de 30 anos, e com o Carnaval há mais tempo: desde a adolescência nos nossos carnavais de rua e dos clubes da Mangabinha, Pontalzinho e Grapiúna. Convivi com a evolução dos dois: na violência, os métodos de enfrentamento ao crime organizado, os profissionais de segurança melhores capacitados a aparelhados, as criações de guarnições especiais, as viaturas e o poder bélico avançaram bastante e a segurança pública foi muito beneficiada. Mas não impediu a evolução do crime e muitas pessoas são vítimas das ações dos bandidos, em tempos de festas e sem elas. O carnaval de Salvador e a Micareta de Feira de Santana, atraem cada vez maior número de visitantes e foliões. O carnaval em Itabuna acabou, mas a violência não. E para quem associa a festa momesca à violência, destaco que dois assassinatos ocorreram em todo transcurso do carnaval do ano passado, na capital baiana e em Itabuna, neste mesmo período, sete pessoas foram vítimas de homicídios. Este fato derruba a tese de que carnaval tem relação com mortes de pessoas. Mas o carnaval já está chegando e para que a violência não estrague a festa, é necessário que o Estado cuide bem das pessoas que participarão da festa, mas não esqueça daquelas que estarão em retiros, praias, fazendas, ou simplesmente permanecerão em suas casas. E proteja as casas de quem viajará para brincar, ou para aproveitar o feriadão e descansar. E, por favor! Não venham com máscaras de Lula, Cerveró e Zé Dirceu: não tem graça nenhuma essa turma que nos colocou nessa crise gigantesca, ainda mais perversa porque poderia ser totalmente evitada. Para entrar no Carnaval com renovadas esperanças, só com outro verso do Chico “Apesar de você amanhã há de ser outro dia”.

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