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1 de maio de 2015

NÃO DEVEMOS TER TEMPO PARA PARAR

Nada justifica se sentir solitário e parar sem buscar a felicidade
A população das cidades aumenta de forma acelerada e também o numero de pessoas que vivem com depressão e em solidão afetiva. Há poucos dias, uma simpática vovó, mãe de 5 filhos e avó de 11 netos, me contou que há dois anos está viúva e vive em solidão terrível, porque os filhos e os netos só a vêm nos fins de semana. No Natal de 2014 li em um panfleto jogado por debaixo da porta da minha casa,  um aviso: “Se você está sentindo-se em solidão, venha passar o seu Natal aqui, na Igreja Nossa Senhora da Conceição”. A igreja ficou lotada. Quando se fala em pessoas solitárias, em geral se pensa em pessoas idosas, viúvas ou viúvos. Na verdade existem também jovens solitárias, não amadas, abandonadas. Sofrem e se consideram incapazes de um entrosamento com as pessoas da sua comunidade. O ser humano não tende à solidão, mas à comunhão. Cada um de nós é uma presença que procura e que pede, uma presença que escuta e doa. No fundo nós temos a extrema necessidade de sentir-se alguém que precisa do outro. Com efeito, o sofrimento da solidão não consiste tanto no fato de não ter ninguém para conversar, trabalhar, decidir tarefas ou afeto, mas na falta de coragem de carregar sozinho o fardo da vida. Os idosos gostam da presença de familiares ao lado deles. As pessoas em solidão estão sempre sentindo-se doentes, porque suas estimas estão sempre na baixa. Os pensamentos comandam a nossa vida. Hoje existem numerosos grupos de idosos espalhados pelo Brasil reunidos em clubes, associações, com a finalidade de viverem a vida intensamente e mandarem a solidão bem para longe. As pessoas em solidão devem perguntar – quem é este “eu” que leva o meu corpo? Aos que vivem em solidão eu gostaria de dizer que, com certeza, um longo caminho se abre diante de vocês, descortinando maravilhosas paisagens. É só seguir em frente, ao ritmo da fé e da esperança. O que não dar, é para ficar parado, isolado e desolado.


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