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1 de março de 2015

QUANDO DEFECAR, FLATULAR E URINAR TRANSTORNA

É no sanitário que vivemos nossa maior intimidade
Não tem coisa mais sofrida do que vontade de defecar quando você está dirigindo. É muito sofrido. Aqueles movimentos de acelerar e frear parece que estimulam a vontade de "aliviar os intestinos". Você sua, você abunda negociação com a bunda, você faz musculação tentando a todo custo travar o canal retal e se poupar de uma humilhação. E se tiver mais gente no carro, pior ainda, pois você ainda tem que ser educado o suficiente para disfarçar o mau momento pelo qual está passando e nem pode tentar dar um peidinho para aliviar, pois o risco é duplo: perceberem que você é um peidão ou, pior ainda, se cagar nas calças. E por falar em peido, os peidos também podem ser responsáveis por pequenas tragédias diárias. Tem aquele peido dedo-duro que inicialmente sai silencioso, mas no meio do caminho resolve se fazer notar, virando um som similar ao escapamento de uma lambreta. Esse peido te humilha, esse peido tira sua dignidade caso você esteja em um local mais silencioso. Resta dar um grito inexplicável para abafar o peido ou fingir um desmaio. Tem também um peido ainda mais traiçoeiro, o peido molhado. Pois é, peido não pesa, se pesou é porque você se cagou. Tem até um termo para descrever este acidente de percurso: "merdei", estranho fenômeno que acontece quando você ia peidar e se caga. Uma pessoa que merdou tem seu dia completamente interditado, sendo obrigada a voltar para casa, se trocar e ponderar sobre a forma mais indolor de suicídio, afinal, de que vale uma vida sem dignidade? Vontade de fazer xixi quando se está dirigindo também é ruim, mas convenhamos, é menos pior. Até porque se você for homem pode improvisar um mictório em uma garrafa ou até mesmo parar e mijar em um canto, afinal, homens tendem a ser porcos mal educados que não se constrangem de urinar na rua feito animais. Mesmo para mulheres, a sensação de bexiga cheia é desagradável, mas não costuma gerar a mesma urgência de um intestino cheio. A vontade de cagar é campeã no quesito "protagonista de pequenas tragédias diárias". Anseio pelo dia em que evoluiremos e aproveitaremos tudo que for ingerido, acabando de vez com esse momento inconveniente que é cagar. Se você é mulher e se você tem alguma vaidade, já deve ter passado por isso: você fez suas unhas, em casa ou em um salão, não importa, e logo depois, com o esmalte ainda fresco, bate aquela vontade de cagar. Além dos malabarismos para abrir a calça sem borrar o esmalte, vem um momento trágico: como limpar a bunda sem estragar o esmalte? Bem, é impossível. Nem ao menos um banho pós-cagada pode ser utilizado, sob pena de estragar o esmalte. Ou fica sentada na privada, com a região glútea aberta, esperando quinze minutos para o esmalte secar e só depois toma uma providência, ou estraga o esmalte. Ninguém merece passar por isso. Cagar atrasa a vida de uma mulher. Agora vamos falar de um clássico: quando você acaba de cagar, olha para o rolo de papel higiênico e não tem papel. Você olha para o rolo de papel e, se ainda tiver um mísero filete, mesmo que seja do tamanho de um confete, faz malabarismos para tentar se limpar com aquilo mesmo, enganando a si mesmo que limpou a bunda. Quando não há nada, quando o rolo está careca, você pode cogitar abrir o rolo e usá-lo para se limpar, apesar da acentuada abrasão anal que irá provocar. Mas… e quando nem rolo tem? É hora do improviso forçado, de liberar o McGyver que existe em você. É hora de sacrificar a peça do seu vestuário que lhe seja menos querida. Eu costumo mandar para o abate as meias: primeiro na bunda, depois no lixo. A vida é feita de escolhas. Há também o traumatizante momento em que você dá a descarga e a bosta se recusa a ir embora. Confesso que foi uma situação assim, que me constrangeu no apartamento de um amigo do alto escalão do governo federal. Tive necessidade de defecar e acabei usando o sanitário da suíte do casal anfitrião. depois da segunda descarga, ouvi a esposa do meu amigo batendo na porta. Ela queria usar o sanitário. Me desesperei com a sujeira, que teimava em não fazer a descarga fazer efeito. Isso sem contar com o odor do ambiente. E os toques na porta não paravam. Então decidir partir para uma solução rápida do problema. Peguei a lixeira e a despejei num canto do sanitário. Logo após a enchi de águia da banheira e junto com o acionamento da descarga, a esvaziei num ciclonismo, que acabou fazendo o vaso sanitário, enfim, ficar limpo. Reorganizei tudo então abri a porta, mas a minha anfitriã já havia se "aliviado" num outro sanitário. Este episódio retrato como sufoco e mico numa mesma defecada!

Um comentário:

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