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Trief

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17 de março de 2015

O PT ACHA QUE OS NEGROS NÃO TÊM O DIREITO DE PROTESTAR CONTRA A CORRUPÇÃO

A maioria do povo brasileiro está indiganda com Dilma e o PT
Sempre ouvi dizer que os políticos deviam estar permanentemente atentos ao recado das urnas. Em regra, fizeram ouvido de mercador (pessoalmente acho contraditório porque não imagino um mercador fazendo negócios sem ouvir o interlocutor). A questão é que esse é um dos raros momentos da história política brasileira em que o recado veio das ruas. E o governo Dilma Rousseff fez ouvidos de mercador. Tirando uma ou duas frases lúcidas do quase sempre não-lúcido ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, a retórica se manteve: a manifestação se limitou ao eleitorado que não votou em Dilma Rousseff. Tudo coisa da elite branca – o que por si só, já estabelece uma barreira à ascensão da elite afrodescendente. Isso é política de ódio racial. Os negros, segundo o entendimento do PT, não têm o direito de protestar contra a corrupção, porque isso é privilégio da elite branca. Dois milhões de reacionários brasileiros foram às ruas no último domingo apenas para atender a uma convocação da mídia corporativa. Burgueses branquelos de ultra direita a serviço do capital internacional, dispostos a participar de um movimento nacional contra a democracia. O governo do PT (os aliados daqui pra frente serão mais escassos) se recusa a enxergar o óbvio: o povo brasileiro, os brancos brasileiros, os negros brasileiros, os pardos brasileiros, os homens brasileiros, as mulheres brasileiras, a comunidade LGBT brasileira, os índios brasileiros, não aguentam mais tanta corrupção. Insistir no discurso de que trata-se de um movimento ilegítimo é vender o sofá porque encontrou nele a esposa fazendo sexo com o amante. O esquizofrênico álibi petista insiste no discurso de que a corrupção se originou no governo Fernando Henrique Cardoso e que o Partido dos Trabalhadores não aperfeiçoou a prática e o volume dos dinheiros públicos desviados. É isso que o PT me leva a crer; A “manifestação contra democracia”, que o Brasil preferiu chamar de mobilização nacional contra a corrupção mostra que não chegamos ao fundo do poço. Chegamos ao limite. Daqui pra frente são novos tempos. O PT, no entanto, em vez de ouvir a voz das multidões prefere enviar um emissário aos advogados das empresas envolvidas na operação Lava-Jato para negociar o fim das deleções premiadas. Fica muito difícil eu acreditar que o Partido dos Trabalhadores não é comandado por uma quadrilha de corruptos pertencente a elite branca e burguesa.

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