O candidato ao governo da Bahia
pelo PSOL, Marcos Mendes, afirmou que a corrupção é alimentada pelas empresas
financiadoras de grandes campanhas e que os governos não tem independência para
fiscalizar e combater os grandes esquemas justamente por causa das doações
recebidas em época de eleição. "Hoje, a relação entre PIB e orçamento é
muito pequena: está em torno de 17%. A gente pode chegar até a 40%. E por que
não chega? Porque as empresas que estão sonegando são as mesmas que investem
nas grandes campanhas. Que autonomia, que autoridade o governo tem para cobrar
isso?", questionou, em sabatina promovida pelo grupo A TARDE e transmitida
pela TV Aratu/SBT, no projeto Vota Bahia, do qual participa ainda o grupo
Metrópole. Mendes disse que não conseguiria acabar com a corrupção, caso
eleito, porque isso seria uma "grande pretensão". O socialista, no
entanto, declarou que conseguiria uma "redução assustadora" na
quantidade de esquemas. "Defendemos outro modelo de sociedade e não vamos
abrir mão. No dia em que a população tiver essa consciência e resolver votar
diferente, com certeza vamos começar a discutir outra proposta política",
afirmou. Ao falar sobre as relações entre empresas e políticos, o candidato
mencionou doações recebidas por adversários diretos no pleito deste ano.
"A Friboi está sendo investigada pela Polícia Federal por lavagem de
dinheiro. Aqui, ela financia Lídice da Mata e, a nível nacional, tanto Marina
quanto Dilma. Que autonomia esse pessoal tem depois? A Odebrecht foi uma das
principais financiadoras da campanha de Wagner. Agora, financia a campanha de
Paulo Souto. Todas essas empresas são investigadas. Como é que a gente pode
transformar a Bahia dessa forma?". Também não deixou de fazer críticas a
outros candidatos, como Otto Alencar (PSD), que disputa o Senado, e o
ex-secretário de Saúde, Jorge Solla (PT), que tenta uma vaga na Câmara Federal.
Segundo o governadorável, Otto começou a privatizar a saúde baiana,
"fazendo convênios privados por todo o estado, com mais cirurgias
ortopédicas do que em São Paulo". "E olhe que lá a população de lá é
muito maior do que a nossa. E, coincidentemente, ele é o quê?
Ortopedista", completou. Sobre Solla, o candidato do PSOL questionou os
financiadores da campanha do petista. "A gente precisa saber quem está
financiando o candidato Solla. Já fui em vários interiores e é placa de Solla
espalhada por tudo quanto é lugar. É uma campanha milionária", disse. Mendes
ainda prometeu rever os contratos das rodovias pedagiadas e falou em criar vias
alternativas. "O primeiro ponto é rever todos os contratos, para ver se a
gente acaba com esses contratos. Se não pudermos, por força da lei, fazer isso,
vamos botar vias alternativas. Daremos o direito de ir e vir das pessoas",
declarou. O socialista ainda se disse favorável à legalização da maconha e do
aborto. De acordo com o candidato, o "modelo repressor" falhou no
combate às drogas e experiências da legalização da maconha - como no estado
americano do Colorado e no Uruguai - tiveram "resultados belíssimos",
inclusive com diminuição dos índices de criminalidade. Já em relação ao aborto,
o socialista disse que o Estado precisa dar atendimento às mulheres que desejam
a interrupção da gravidez, por esta ser uma das grandes causas de morte
materna. "Não somos a favor do aborto. Somos a favor da legalização do
aborto porque as mulheres pobres e negras da periferia estão morrendo. Quem
pode ir em uma clínica e pagar R$ 4 mil, faz o seu aborto", comparou. Por Rodrigo
Aguiar.

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