Há 12 dias, a balconista Juliana das Virgens, 28 anos, teve uma foto sua colocada no aplicativo de mensagens de celular WhatsApp com um texto dizendo falsamente que ela tem Aids e que estaria com uma agulha furando as pessoas pela rua. Para piorar, ainda divulgaram seus dois telefones na mesma mensagem e informaram o bairro onde ela mora. Depois disso, a balconista já recebeu mais de 200 ligações. Inclusive durante esta entrevista uma pessoa desconhecida ligou para ela. Juliana já cancelou o número do WhatsApp porque estava recebendo centenas de mensagens. MEDO - Fora o transtorno e a difamação, Juliana vive com medo de andar pelas ruas e sofrer um eventual atentado por parte de pessoas que acreditem na mensagem falsa. "Fico com medo de sair. Volto do trabalho às 10h da noite e estou assustada", declara inconformada com a situação. Um dia após descobrir as falsas informações, Juliana foi até a 10ª Delegacia Territorial (em Pau da Lima) para comunicar o fato à polícia. Mas foi orientada pelos policiais de plantão a procurar uma unidade especializada. Nesta sexta-feira, 15, ela irá até o Grupo Especializado de Repressão a Crimes por Meios Eletrônicos (GME), localizado na Polinter, nos Barris, para registrar um boletim de ocorrência (BO) contra o crime. ORIENTAÇÃO - O coordenador do Grupo Especializado de Repressão a Crimes por Meios Eletrônicos, delegado Charles Leão, explica que Juliana das Virgens foi vítima de um crime de injúria. Ele orienta que pessoas vítimas desses crimes por meio da internet ou por outros meios eletrônicos devem coletar algum indício que comprove o delito. Se for em computador ou celular, a vítima deve fazer um print screen (foto) da tela. "A partir daí, a delegacia vai contatar o WhatsApp, Facebook ou o site que seja, para saber quem está propagando a mensagem", explica Charles Leão. O delegado complementa informando que o novo Marco Civil da Internet obriga os sites, mesmo sediados fora do país, a fornecerem informações de registro de conexão para fins de investigação, sob pena de serem retirados do ar. COGITAÇÃO - A balconista acredita que o autor do crime a conhece, pois foi usada a foto do perfil dela do WhatsApp e divulgados os números de seus telefones. "As pessoas com quem me relacionei são sérias. Não tenho um suspeito em especial, mas deve ser algum ex-namorado ou a namorada de um ex", arrisca. Ela tem dois filhos, que também estão sofrendo. "Um vizinho perguntou ao meu filho de 12 anos se eu estava com Aids. Aí, ele teve que explicar toda a história para a pessoa", disse. Em maio passado, uma dona de casa foi linchada em São Paulo ao ser confundida com uma mulher que realizava rituais de 'magia negra' com crianças. Um retrato falado da suspeita foi publicado no Facebook. Por Rodrigo Meneses.

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