Há um consenso no PT, mais precisamente na cúpula nacional da legenda, de que a reeleição de Dilma Rousseff vai depender da influência do ex-presidente Lula no eleitorado nordestino. Uma queda nas intenções de voto, na Bahia, por exemplo, pode significar o começo de um preocupante efeito dominó em toda região nordeste e, o que é pior, se alastrando para outros estados da federação. Se Dilma caminhasse com seus próprios pés, sem Lula do lado, o segundo mandato estaria complicado, com o candidato Aécio Neves (PSDB) em posição de empate técnico ou, quem sabe, até na frente da petista. Lula da Silva é o responsável direto pela parte política da campanha. A manutenção da aliança com o PMDB, partido importante no processo eleitoral, assim como de outras legendas, se deve ao ex-presidente. Lula ag-Estado1sitePortanto, não é o PT, em que pese sua aguerrida militância, que é imprescindível na recondução de Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto, e sim a força e o carisma de Lula. No quesito transferência de votos, Lula é um monstro, com barba ou sem barba, com bigode ou sem bigode, como diria o saudoso jornalista Eduardo Anunciação. E mais: poderia liquidar a fatura no primeiro turno se fosse o nome do PT na disputa presidencial. Com efeito, o PSB não teria candidato e, provavelmente, apoiaria Lula. Na dependência de Lula também se encontra Rui Costa, candidato do PT ao governo da Bahia, hoje em posição desconfortável em relação a Paulo Souto (DEM), o primeiro colocado em todas as enquetes eleitorais. Orações e mais orações, rezas e mais rezas, para que o ex-presidente da República continue como cabo-eleitoral mor, a tábua de salvação do petismo. Por Marco Wense.

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