LASTIMAVELMENTE HÁ A PARTE RUIM DO BRASILEIRO NA COPA

Nesta semana, ao assistir um noticiário televisivo da Globo, escutei uma expressão da jornalista Patrícia Poeta que esta copa é um verdadeiro encontro de culturas, logo após a transmissão de uma matéria sobre a presença dos torcedores em cidades de nosso país e a forma como estava acontecendo um intercâmbio de valores, principalmente com os brasileiros, anfitriões deste grande evento competitivo. Talvez a Poeta não saiba que essa expressão já tinha sido colocada pelo nosso Papa, somente com uma inversão da ordem dos termos. Naquele momento, sendo conhecedor das últimas colocações do Santo Padre, pensei exatamente na visão profunda que a Igreja tem das diversas situações da vida. Na mensagem que Francisco enviou aos brasileiros por conta da copa, nos é dito que "o futebol pode e deve ser uma escola para a construção de uma cultura do encontro, que permita a paz e a harmonia entre os povos". De fato, quando assistimos a esse grande evento, ficamos admirados com a presença e a diversidade de culturas existentes envolvidas, o que enobrece cada momento. Contudo, em contrapartida, é doloroso ver a violência dos assaltos cometidos contra nossos visitantes. Assaltos praticados por assaltantes, propriamente ditos no contexto criminoso e por comerciantes, que sangram os bolsos dos turistas. Faces de vexame de uma mesma moeda, realidades de uma copa e de um país, que não cuida da sua gente e nem de quem o visita. Cada estrangeiro assaltado no Brasil, significa mais estrangeiros sem desejo de nos visitar, ou voltar a nos visitar. E este fato desune, denegre e revela o lado vergonhoso de uma Copa tão bela e convergente.