A INSANIDADE DO RACISMO RECHAÇADA POR UM ATO FANTÁSTICO DE UM BRASILEIRO

Racismo não é coisa nova em nenhum lugar do mundo, especialmente na velha, culta e rica Europa. A única diferença dos racistas europeus é que eles são mais amplos em sua fobia, somando aos mais variados elementos étnicos também o componente cor da pele – embora este não seja, historicamente, o elemento principal para a discriminação do semelhante. A epiderme, particularmente, a negra, como critério para esse crime, é mais característico nas Américas. Com o aumento das ondas migratórias vindas da África, o europeu racista parece que passou a prestar mais atenção na cor da pele e esta discriminação turbinada tem sido mais frequente nos estádios de futebol. Recheados de jogadores negros, os times do Velho Mundo passaram a ser as vitrines preferidas por grupos preconceituosos. E o futebol europeu, antes maculado pelo surgimento dos famigerados hoolligans e sua violência indiscriminada, agora é manchado por uma agressividade discriminada. Jogar bananas no gramado é insulto praticado há algum tempo na Europa. Reações indignadas a esse tipo de agressão marcavam, até agora, pela emoção, pela indignação e pela incapacidade de serem eficazes em responder à altura ao gesto racista. Até que o brasileiro Daniel Alves fez um gol de placa, quando, de bate-pronto, armado com o melhor do humor brasileiro, apanhou uma banana lançada contra ele e, calmamente, a descascou e comeu. Golaço! As redes sociais, quase sempre ocupadas por “memes” vazios de dar dó, foram tomadas pela multiplicação da atitude ferina do craque brasileiro. Um show de bola. O fato aconteceu na Espanha, envolvendo a torcida do Villarreal, time que disputava partida contra o famoso Barcelona, equipe do nosso Daniel. A diretoria do clube cujo torcedor cometeu o ato racista emitiu nota oficial afirmando que o agressor estaria expulso do grupo e que “nunca mais poderá acessar o estádio El Madrigal”. Aplausos para a medida. E muito mais aplausos ainda para nosso craque!