As mudanças de cadeiras na reforma
administrativa do prefeito ACM Neto (DEM) podem respingar nas ações políticas
do PV da Bahia. Possível detentora da indicação da recém-criada Secretaria da
Cidade Sustentável, membros da direção da sigla ficaram surpresos com a
indicação de André Fraga na vaga de Ivanilson Gomes, que sai do cargo para
concorrer às eleições deste ano. O nome natural do grupo seria o do ex-deputado
federal Edson Duarte, que aos mais próximos disse não cogitar a possibilidade.
O vereador Marcell Moraes, que faz parte do governo, se mostrou insatisfeito de
não ter sido ouvido pelo prefeito como dirigente e como único legislador da
agremiação na Câmara que acompanha a situação. “Não somos contra André, mas a
forma como foi anunciado gerou desconforto. Eu, por exemplo, como vereador do
partido, não fui consultado, como o PV também não foi”, reclamou. O fato chega
ser semelhante ao ocorrido com o governo estadual, quando o partido não
emplacou o sucessor de Juliano Moreira na Secretaria de Meio Ambiente e a
legenda saiu do governo Jaques Wagner (PT). A consequência foi a candidatura
própria, com Bassuma, em 2010. Sondado se o caso influenciaria no pleito deste
ano e se há desapontamento, que provocaria um racha na relação com ACM Neto
(DEM), o presidente da agremiação minimizou. “Como disse, é um caso municipal.
Sobre as eleições deste ano, estudamos a nossa possibilidade de apoio. O
partido está dividido entre os três maiores nomes e vamos sentar com todos:
Lídice, Rui e o escolhido da oposição. A nossa ideia é se aproximar daqueles
que oferecerem melhores propostas para o meio ambiente”, disse. Já
Marcell Moraes, perguntado sobre as negociações e sobre a possibilidade da
vice-prefeita Célia Sacramento (PV) compor a chapa da senadora Lídice da Mata
(PSB), negou a indicação. Argumentou que “o PV não repetirá o mesmo erro da
eleição passada” e que dificilmente Célia seria indicada. Sobre o possível
racha, o verde desconversou e garantiu que existe diálogo entre os candidatos.
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