Os crimes praticados contra os jovens pouco reacendem os debates sobre a
violência em Itabuna. As trágicas e prematuras mortes deveriam suscitar
declarações públicas contra o marasmo a que Itabuna está submetida em seu setor
de segurança, mas nada acontece, além de algumas mobilizações de parentes e
amigos, pela justiça e pela paz. O tema toma conta das redes sociais e serve de
manchetes diárias na imprensa. Declarações de toda natureza nem sempre levam a opiniões
e debates acirrados, que devem ter como foco a (in)sensibilização social diante
dos quase diários homicídios que acontecem em Itabuna e que recebem tratamento de
destaque pela mídia e nem tanto pelas autoridades. Poucas pessoas e
instituições se rebelam contra a carnificina de jovens em Itabuna e na Bahia. Quando
o morto é pobre, preto e da periferia, os protestos se resumem aos parentes e
amigos mais próximos. A pergunta de praxe: por que a classe média não se
mobiliza e expressa sua indignação quando são assassinados o João, o José e o
Pedro, moradores dos bairros periféricos? Por que somente quando alguém de
visibilidade social vem a ser vitimado, a classe média entra em cena? Sempre
achei esse discurso inadequado. Penso que há legitimidade em toda e qualquer
mobilização pela paz e em defesa da vida, ainda que tardia, ainda que somente
quando dói na própria carne. Quero crer que, contrariando a afirmação de que
temos uma classe média insensível aos dramas da violência na periferia, aqueles
que engrossaram o coro de vozes por justiça não silenciem e sintam-se, de fato,
cidadãos efetivamente implicados no processo coletivo de construção da paz
social em Itabuna e em todo o Estado da Bahia.10 de março de 2014
POUCOS CHORAM POR NOSSOS JOVENS MORTOS
Os crimes praticados contra os jovens pouco reacendem os debates sobre a
violência em Itabuna. As trágicas e prematuras mortes deveriam suscitar
declarações públicas contra o marasmo a que Itabuna está submetida em seu setor
de segurança, mas nada acontece, além de algumas mobilizações de parentes e
amigos, pela justiça e pela paz. O tema toma conta das redes sociais e serve de
manchetes diárias na imprensa. Declarações de toda natureza nem sempre levam a opiniões
e debates acirrados, que devem ter como foco a (in)sensibilização social diante
dos quase diários homicídios que acontecem em Itabuna e que recebem tratamento de
destaque pela mídia e nem tanto pelas autoridades. Poucas pessoas e
instituições se rebelam contra a carnificina de jovens em Itabuna e na Bahia. Quando
o morto é pobre, preto e da periferia, os protestos se resumem aos parentes e
amigos mais próximos. A pergunta de praxe: por que a classe média não se
mobiliza e expressa sua indignação quando são assassinados o João, o José e o
Pedro, moradores dos bairros periféricos? Por que somente quando alguém de
visibilidade social vem a ser vitimado, a classe média entra em cena? Sempre
achei esse discurso inadequado. Penso que há legitimidade em toda e qualquer
mobilização pela paz e em defesa da vida, ainda que tardia, ainda que somente
quando dói na própria carne. Quero crer que, contrariando a afirmação de que
temos uma classe média insensível aos dramas da violência na periferia, aqueles
que engrossaram o coro de vozes por justiça não silenciem e sintam-se, de fato,
cidadãos efetivamente implicados no processo coletivo de construção da paz
social em Itabuna e em todo o Estado da Bahia.
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