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Trief

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14 de março de 2014

CLÉBIA LISBOA E A ANGUSTIA DO SEU ENIGMÁTICO DESAPARECIMENTO

Poucas coisas angustiam tanto quanto a falta de informações sobre uma tragédia. É o caso do desaparecimento Da bela estudante universitária Clébia Lisboa, sumiço que, até o momento no qual era escrito este comentário, seguia sem explicações plausíveis. Por outro lado, não raras vezes um acontecimento dado, circunscrito a apenas uma determinada pessoa, adquire o condão de contagiar corações e mentes para muito além do círculo original dos interessados no caso. Estamos diante de mais um fato com essa qualidade, pois as pessoas se emocionam e se inquietam com o vácuo de explicações como se fosse um dos parentes e/ou amigo da Clébia Lisboa. Esse tipo de situação é o campo propício para o florescimento de teses inúteis envolvendo desde teorias passionais, explicações sobrenaturais e análises sociológicas simplistas. Os sociólogos de bolso, em primeiro lugar, dirão que “se fosse uma negra pobre ninguém ligaria” e locuções pungentes do tipo. Espaços mais amplos terão os defensores do extraordinário, seja por ovnis ou por fantasmas, e os caçadores de causas geopolíticas e/ou ideológicas. Aí nem vale a pena tentar resumir as “explicações” típicas para um acontecimento tão singular quanto o desaparecimento completo de uma mulher, em meio a uma cidade tão movimentada e vigilante quanto Itabuna. Singular, mas nem tanto. Apesar de todo evento ter explicações e justificativas lógicas, nem sempre essas respostas são encontradas com facilidade e, nalgumas vezes, as razões reais permanecem longe do esforço de investigação por décadas, séculos e/ou por tempo indeterminado. Com razão, as pessoas torcem por notícias sobre o paradeiro de Clébia Lisboa. O mistério só faz aumentar a insegurança e os temores de milhares de pessoas, negras ou brancas, ricas ou pobres. Trata-se de uma ocorrência que faz humanos se solidarizam com humanos – simples assim. E aqui me solidarizo com os pais de Clébia e estendo este meu sentimento, à minha exigência para que a Polícia cumpra seu papel, que é o de não permitir que fiquemos impassíveis diante da tragédia de alguém que some, assim como some um sorvete caído e deixado no calor do asfalto de uma rua qualquer do bairro Pontalzinho. 

Um comentário:

  1. Val Cabral23 março, 2014

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