Poucas coisas angustiam tanto quanto a falta de informações sobre uma
tragédia. É o caso do desaparecimento Da bela estudante universitária Clébia
Lisboa, sumiço que, até o momento no qual era escrito este comentário, seguia
sem explicações plausíveis. Por outro lado, não raras vezes um acontecimento
dado, circunscrito a apenas uma determinada pessoa, adquire o condão de
contagiar corações e mentes para muito além do círculo original dos
interessados no caso. Estamos diante de mais um fato com essa qualidade, pois as
pessoas se emocionam e se inquietam com o vácuo de explicações como se fosse um
dos parentes e/ou amigo da Clébia Lisboa. Esse tipo de situação é o campo
propício para o florescimento de teses inúteis envolvendo desde teorias
passionais, explicações sobrenaturais e análises sociológicas simplistas. Os
sociólogos de bolso, em primeiro lugar, dirão que “se fosse uma negra pobre
ninguém ligaria” e locuções pungentes do tipo. Espaços mais amplos terão os defensores
do extraordinário, seja por ovnis ou por fantasmas, e os caçadores de causas
geopolíticas e/ou ideológicas. Aí nem vale a pena tentar resumir as
“explicações” típicas para um acontecimento tão singular quanto o
desaparecimento completo de uma mulher, em meio a uma cidade tão movimentada e
vigilante quanto Itabuna. Singular, mas nem tanto. Apesar de todo evento ter
explicações e justificativas lógicas, nem sempre essas respostas são
encontradas com facilidade e, nalgumas vezes, as razões reais permanecem longe
do esforço de investigação por décadas, séculos e/ou por tempo indeterminado. Com
razão, as pessoas torcem por notícias sobre o paradeiro de Clébia Lisboa. O
mistério só faz aumentar a insegurança e os temores de milhares de pessoas, negras
ou brancas, ricas ou pobres. Trata-se de uma ocorrência que faz humanos se
solidarizam com humanos – simples assim. E aqui me solidarizo com os pais de
Clébia e estendo este meu sentimento, à minha exigência para que a Polícia
cumpra seu papel, que é o de não permitir que fiquemos impassíveis diante da tragédia
de alguém que some, assim como some um sorvete caído e deixado no calor do
asfalto de uma rua qualquer do bairro Pontalzinho.
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