O papa
Francisco criticou nesta segunda-feira o aborto, que qualificou como “prova da
cultura do descartável que desperdiça pessoas da mesma forma que desperdiça
comida”. Para o pontífice, a interrupção voluntária da gravidez é “horrível”. Esta
foi a condenação mais incisiva ao aborto feita por Francisco desde sua eleição,
em março de 2013. Tido como mais liberal em alguns aspectos, como a
participação da mulher e o casamento homossexual, a frase foi um aceno a
setores mais conservadores da Igreja Católica. Em discurso anual a diplomatas,
o pontífice comentava sobre a fome como um dos aspectos do que chama de
“cultura do descartável”. “Lamentavelmente, não são objetos de descarte apenas
os alimentos ou supérfluos, mas também os próprios seres humanos, que vem sendo
descartados como coisas não necessárias.” Para ele, essa cultura também afeta
as crianças que não nasceram ainda, em referência à interrupção da gravidez.
“Por exemplo, é horrível quando você pensa que há crianças, vítimas do aborto,
que nunca verão a luz do dia.” Francisco nunca deu sinais de que reveria a condenação
da Igreja ao aborto, mas tampouco vinha fazendo as duras e frequentes
recriminações contra essa prática que caracterizavam seus antecessores João
Paulo 2º e Bento 16. Em entrevista à revista jesuíta italiana Civiltá
Cattolica, em setembro, o papa alarmou os conservadores ao dizer que a Igreja
precisava se livrar da sua “obsessão” a temas polêmicos como aborto,
contracepção e homossexualidade. Há dois meses, ele se mostrou contrário à
interrupção da gravidez em sua primeira exortação apostólica, mas defendeu que
a Igreja Católica desse apoio às mulheres atingidas em países mais pobres, como
os africanos, asiáticos e latino-americanos. A posição de pontífice de
favorecer a misericórdia em lugar da condenação desorientou muitos católicos
conservadores, especialmente em países ricos, com os EUA, onde a Igreja está
polarizada em torno de assuntos comportamentais. No ano passado, o bispo de
Providence (Rhode Island), Thomas J. Tobin, se disse frustrado pelo fato de o
papa não ter tratado mais diretamente “do mal do aborto”. Críticas nesse
sentido vinham sendo ecoadas por sites católicos conservadores nos últimos
meses.

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