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16 de dezembro de 2013

LULA DENUNCIADO COMO CUPINCHA DOS GENERAIS



Cientistas políticos, historiadores e desocupados de todas as categorias estão diante de um manjar de Natal para saborear. Trata-se do relato dando conta de que Lula Silva, o “Barba” ou o “Boi”, como era conhecido nos aparelhos da repressão, era um dos privilegiados informantes do Dops. Pelas frouxas reações, quer-se crer que o fato já era do conhecimento de todos. Talvez a crise de liderança seja de tal monta que os companheiros e camaradas preferiram digerir o sapo barbudo a sacrificá-lo. Não há como contestar. Afinal de contas, quando Inácio despontou na política sindical, os militares já não tinham tantos problemas. Ou seja, aparentemente, Lula fazia barulho e greves por melhorias salariais, peitava as montadoras de São Bernardo sem se incomodar se vivíamos ou não sob restrições. Sob esse contexto, os generais recebiam um verniz para poder mostrar-se ao “mundo livre” que por aqui “as coisas fluíam, posto que até greves de trabalhadores eram permitidas”. Lula estourava a boca do balão e botava pocando com discursos raivosos (nas horas vagas papava incautas viuvinhas) e a ditadura ainda saía bem nas fotos. É comum apelar-se para a tortura (caso Genoino e outros delatores) quando se tenta justificar delações. De fato, o cara na borracha, no afogamento, no choque elétrico e não abrir o bico... Talvez aí resida o paradoxo de um Genoino, uma Dilma, sobreviverem à tortura e um intelectual desarmado – Herzog, por exemplo – ser assassinado. Lula não se inclui entre os torturados. Qualquer que fosse a questão, a grande verdade é que existia uma “oposição confiável”. Um MDB dócil, não necessariamente submisso, que pretendia, talvez, que o País caminhasse para uma normalidade democrática, mas que aceitava, ao menos temporariamente, as imposições. Assim, a cínica promiscuidade de um sindicalista com uma ditadura de direita termina sendo tolerável. É claro que não se trata de um Judas, de um Joaquim Silvério dos Reis, de um José Silva... Nem merece entrar na História. Não há decepção. Apenas a constatação do óbito moral.

Um comentário:

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