A Fundação Itabunense de Cultura e
Cidadania (Ficc) pode não ser a “menina dos olhos” do prefeito Claudevane Leite
(PRB), mas certamente, é tão importante quanto qualquer outra autarquia cujo
secretariado o governo municipal substituiu recentemente. A diferença entre a
Ficc e a de Saúde, por exemplo, é que na Cultura está o que de mais caro existe
para a humanidade: a inteligência enquanto na Saúde está o que há de mais
frágil neste animal cuja diferença, em relação aos outros, segundo Aristóteles,
é a razão. Mas quando se pensa que homens como Hitler, por exemplo, tinha o
projeto de transformar o povo alemão em uma raça superior e, para isso, queria
simplesmente impedir que os outros povos aprendessem a ler e a escrever,
mantivesse as suas tradições e até o seu idioma, é que se começa a pensar na
importância da cultura como uma forma de identidade para um povo. A língua, no
Brasil, por sinal, nem sempre foi a portuguesa. Houve uma época, no período
colonial, em que os padres faziam o sermão em tupi-guarani. Quando Portugal
percebeu isso, que o tupi-guarani podia tomar conta do Brasil, proibiu os
padres de falar nessa língua. Exigiu que fizessem a sua homilia em português. Muitos
foram os livros queimados durante a Alemanha nazista e muitos os escritores
perseguidos, na América Latina, durante a ditadura militar. Há registros, aqui
no Brasil, de que até mesmo Castro Alves foi procurado pela polícia, por ter
sido o poeta dos escravos. As artes, pelo visto, só se tornam importantes nos
momentos de dificuldade. Quando o País está em paz consigo mesmo ninguém, ou
quase ninguém, se preocupa muito com elas. Mas basta um símbolo como o World
Trade Center vir abaixo para a gritaria ser geral. De início, porque morreu
muita gente. Depois porque aquele prédio tinha um significado histórico para os
Estados Unidos. Há registros também de que os chamados terroristas queriam
derrubar a estátua da Liberdade. E por quê? Porque a estátua da Liberdade,
assim como as de Saddan Hussein, que foram tiradas do pedestal, no Iraque, é um
símbolo nacional e não apenas um amontoado de ferro e cimento com uma tocha no
alto. Em um País onde pessoas apedrejam estátua de Jorge Amado e são tratadas
como gado, no entanto, não existe lugar para se entender esta segunda dimensão
do ser humano: a cultura. A primeira dimensão, como se sabe, é a animal, a
segunda é a cultural e a terceira, a religiosa. Como o povo brasileiro não
consegue satisfazer as duas últimas dimensões (pelo menos satisfatoriamente) é
natural que as discussões, se restrinjam apenas à primeira que fazem do
brasileiro um filho da natureza, apenas, e não de Deus.
Caramba meu irmão, vc bate legal.
ResponderExcluirRealmente esse Roberto José tem sido um zero à esquerda na FICC e já deveria tomar o mesmo rumo do Renan Araújo.
Tirar um e deixar o outro, não foi justo.
Wellington Monteiro
A FICC FICOU PARADA COM ESSA CAMBADA.
ResponderExcluirELA NÃO FAZ NADA QUE POSSA SER COMEMORADO COMO EXEMPLO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
ELE JÁ DEVERIA TER SIDO EXONERADO.
EDMILSON MARQUES
Se Renan e a estátua não resistiram ao tempo, não entendo o porque da permanência do senhor Roberto José como presidente de uma entidade que não tem feito o "dever de casa" e que tem se revelado ineficiente nos pouquíssimos eventos que promove. Antonio Andrade
ResponderExcluirVane tá decepcionante.
ResponderExcluirNenhum dos seus principais assessores tá funcionando bem.
Daniela Barros da Fonseca