NÃO HÁ CIDADE DA PAZ, QUE NÃO DEVA PRIMEIRO SER DO POVO

No Brasil, com exceção de Brasília e Palmas, todas as demais cidades surgiram de forma espontânea, sem planejamento prévio, trazendo como consequência ocupações irregulares em áreas de risco, desordenamento territorial, falta de mobilidade urbana, falta de acesso aos serviços básicos de saneamento ambiental, ruas pavimentadas, entre outros. As cidades baianas não fogem a essa realidade, ao contrário, vem sofrendo décadas com um total abandono e falta de ações públicas que visem reverter esse quadro. A história de Itabuna deve começar a ser reescrita, com um novo propósito de governar, com projetos e execução de ações para a melhoria da qualidade de vida da população, recuperando uma cidade degradada, valorizando o patrimônio público, a mobilidade nas vias urbanas e a organização e estruturação do transporte público. É esta cidade do povo, que resultará no cumprimento da promessa do atual prefeito, Claudevane Leite, de transformar Itabuna, na Cidade da Paz. Para verificar que este propósito ainda não teve um só tijolo de começo, basta observar o que está acontecendo com a construção das unidades habitacionais do Programa Federal “Minha Casa Minha Vida”, que está em estaca zero no quesito implantação da infraestrutura macro (Vias principais com infraestrutura básica e equipamentos públicos). Mesmos este projeto propagado como modelo de excelência em habitação popular, tem demonstrado que Itabuna permanece sem sinais de que caminha para a modernização urbano, a que todos os municípios já deveriam estar se planejando. Planejamento? Bom, é a falta dele, que tem transformado a maior cidade do sul da Bahia, numa cidade que não é do povo e nem da paz.