O gargalo da saúde pública do Brasil não se limita
à quantidade de médicos: há problemas de distribuição e fixação dos
profissionais, de infraestrutura e de financiamento. Os dados mais recentes da
demografia médica, divulgados em fevereiro, mostram que o País tem 2 médicos a
cada mil habitantes (o dado do Ministério da Saúde é um pouco diferente: 1,83
médico para cada mil). A média mundial é de 1,4. O Ministério da Saúde pretende
alcançar 2,5 médicos para cada mil pessoas - índice similar ao da Inglaterra,
que tem 2,7. E, para suprir o déficit, quer trazer estrangeiros para atuar em
áreas distantes e nas periferias sem a necessidade de revalidação do diploma,
com um contrato temporário de até 3 anos e salário de R$ 10 mil. Segundo o
governo, para atingir essa meta, o País teria de ter mais 168.424 médicos. Só
na cidade de São Paulo, segundo a Prefeitura, há um déficit de 2,4 mil médicos.
Uma das alternativas propostas pelos médicos é a criação de uma carreira
estatal, similar à de juízes: o médico começaria a carreira em um lugar
distante sabendo que, após um tempo, poderia mudar de cidade. O Hospital de Câncer
de Barretos, que tem unidades em Juazeiro (BA), Campo Grande, Porto Velho e
Fernandópolis (SP), é um dos que enfrenta dificuldades para atrair médicos,
mesmo pagando salários altos: a média inicial é de R$ 18 mil. É preciso
melhorar a distribuição dos médicos que já têm aqui. Trazer médicos
estrangeiros que podem ter uma formação pior que a nossa sem passar pela
revalidação do diploma vai ser um tiro no pé. No mínimo tem de passar por isso.
Quem vai garantir que essa pessoa é competente?
Saude, educação e segurança tem que ser de responsabilidade federal.
ResponderExcluirOs estados já demonstraram sua incompetência total no gerenciamento da saúde.
Talvez se alguns secretários estaduais de saúde fossem parar na cadeia muita coisa boa já teria acontecido.
Nenhum secretário estadual de saúde quer mostrar a cara nesses momentos, por que?
Que desperte o povo brasileiro!
E ainda assim somos o país da copa, do mensalão, das cachoeiras e rios de dinheiros gastos com tantas outras coisas que sempre estão no topo das prioridades da má administração do dinheiro público. Estão gastando rios de dinheiro para sediar a copa enquanto q a saúde, segurança, educação é uma decadência...
ResponderExcluirOs políticos ganham salários altíssimos além das regalias, enquanto o salário dos profissionais da área da saúde é baixo, sem regalia e com péssimas condições de trabalho. É mesmo uma vergonha... Não sou contra carnaval apenas quero fazer uma observação e vejam se estou mentindo. Será gasto muito dinheiro público com segurança e saúde para proteger os brigões e socorre-los após o exagero com as bebidas e etc...
ResponderExcluirQue tal ouvir o que os médicos têm a dizer sobre o caos na saúde pública do país?
ResponderExcluirAs reportagens dão uma visão unilateral, equivocada ou, no mínimo, distorcida da realidade dos hospitais públicos.. è preciso ouvir todas as partes, antes de estabelecer qualquer juízo de valor!