O secretário municipal de Assistência Social,José Carlos Trindade, é
mesmo uma figura espetacular. A sua performance no governo beira o risível,
embora ele possa não ter dado conta disso. Então ele usa o veículo do Programa
Ei Mamãe, que deveria ser as gestantes carentes, “em raras ocasiões”? Em “raras ocasiões” pode, é isso? O ex-prefeito Fernando Gomes, é alérgico a gergelim – a semente e o
óleo. Daquelas alergias que provocam choque anafilático e matam por fechamento
da glote. Os inimigos não se animem. Ele anda devidamente equipado. Sim, uma vez
quase morre num resort. O seu quarto onde estava o kit, ficava longe do
restaurante. E havia comido apenas um espaguete com alho e óleo. Eentrou em
choque. Como pode? Já estabilizado, foi à gerência do restaurante.
- Vocês colocaram óleo de gergelim no espaguete?
- Não senhor!
- Se colocaram, preciso saber, é questão de vida ou morte para mim.
- Não senhor!
- Chame o cozinheiro.
- Tinha óleo de gergelim no macarrão?
- Óleo de que?
- Deixe-me ver o que você usou.
Era óleo de gergelim. O gerente se indignou – e parecia sincero – ao
falar com o cozinheiro.
- Mas eu perguntei se você tinha usado, e você negou.
- Ah, mas é que eu usei só um pouquinho...
É o padrão José Carlos Trindade de argumentação. “Um pouquinho” da coisa
não é a coisa. É uma concepção, digamos, filosófica de mundo: uma coisa “só é”
a partir de certa quantidade; antes disso, seria uma não-coisa.
Andar muito no veículo do Ei Mamãe, repito, que deveria acolher
gestantes carentes e não está à serviço de marmanjos marajás, é coisa feia, não
pode, é inaceitável. Andar um pouquinho, aí tudo bem... Pode!
Pode?

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