Existem pessoas que são
dotadas de um prodigioso poder de intuição. Não são videntes, cartomancistas,
profetas, ou adivinhadoras, mas portadoras de uma extraordinária capacidade de
intuição, que é um dos mistérios mais impenetráveis da natureza humana. Mas a
intuição está longe de ser uma lenda: ela não só existe como é essencial para a
nossa vida. E as decisões motivadas por ela podem ser melhores que as mais
racionais. Um rapaz com uma câmera pede que
Júlio Rassec fale alguma coisa. Júlio está de partida para Portugal. O sujeito
que filma, um amigo, quer registrar os últimos momentos dele no Brasil. Mas
Júlio não quer papo. Está angustiado. Só diz para a câmera: "Esta noite eu
sonhei com um negócio assim... Parecia que o avião caía..." Júlio era tecladista
do Mamonas Assassinas. Doze horas depois dessa gravação, em 2 de março de 1996,
o Learjet que levava a banda bateu na serra da Cantareira, perto de São Paulo.
Vane na Rádio Jornal responde uma pergunta que o fizera sobre o despautério de
nomear Alfredo Melo, que havia sido a maior referencia de corrupção e
incompetência na gestão passada. E ele responde que o referido indivíduo goza
de sua confiança e prestígio e que não há nada que o desabone. E os erros do
prefeito de Itabuna não se restringem a falar estupidez e fazer paspalhice.
Tem em seu primeiro escalão cinco secretários vindos de outras cidades, sem
nenhum perfil técnico, que justifique tais admissões. Pessoas como José Carlos
Trindade, Clodovil Soares, Lanns Almeida, Dinalva Melo e Renan Araújo, não
servem nem para serem porteiros de gabinete de secretário. Não há nenhum setor
do seu governo que esteja em condições de qualidade melhor, ou igual ao
sofrível governo do Capitão Azevedo. E poderia aqui discorrer sobre mazelas,
incorreções, gafes, erros e negligencias que já caracterizam o governo de Vane
do Renascer como fadado ao fracasso. Para tanto nem necessita explorar a
intuição. Tem pau que nasce e morre torto.

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