O Centro de
Referência e Treinamento (CRT) DST-Aids, na Vila Mariana, na zona sul da
capital paulista, será a primeira unidade pública de saúde a oferecer o
atendimento específico a esse tipo de paciente. “Entendemos que esse é
um direito da população de travestis e transexuais de ser identificada por
aquele nome que ela, de fato, se identifica. Antes, a pessoa que tinha o nome
social, por exemplo, feminino, tinha em seu cartão SUS o nome masculino. Agora,
neste cartão SUS, os dois nomes estão identificados: tanto o oficial, que está
em todos os documentos, como o nome pelo qual a pessoa se identifica”, disse
Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids da
secretaria, em entrevista à Agência Brasil. A medida, segundo
Maria Clara, serve para evitar constrangimentos e reduzir preconceitos.
“Imagine uma pessoa que é uma mulher socialmente, que se coloque enquanto
mulher, ser chamada por um nome masculino. Isso é muito ruim. Hoje, com a
identificação do nome social, o que a gente procura é que as pessoas sejam
chamadas pelo nome com que elas se identificam. Com isso reduzimos preconceitos
e discriminação e fortalecemos essa população, que muitas vezes é
discriminada”, ressaltou. “Nome tem a ver com cidadania, como a gente se
coloca na sociedade. Então isso contribui também para que a gente vá, aos
poucos, modificando a sociedade em que vivemos”, completou. Segundo a
Secretaria, cerca de 1,5 mil usuários do cartão do SUS, que estão cadastrados
no Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Centro de
Referência e Treinamento DST-Aids de São Paulo, deverão se beneficiar
imediatamente da medida. Em breve, o atendimento se estenderá para as
demais unidades de saúde. A emissão do cartão é instantânea. Para solicitar o
serviço, basta comparecer ao CRT, portando um documento de identificação e
informar o nome social para ser incluído no cartão.
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