O prefeito de
Itabuna, Vane do Renascer, estava numa situação complicada para legalizar
contratações pela prefeitura de correligionários, que o ajudaram a ser eleito.
Para resolver este problema, Vane decidiu promover uma seleção pública e
milhares de pessoas se inscreveram, com propósito de serem inseridos no quadro
de servidores da Prefeitura. Concorreram cabos eleitores do atual prefeito e
quem não votou com ele. Até quem esteve radicalmente aderente as candidaturas
de Azevedo e Juçara nas eleições passadas, recorreram a tentativa de
trabalharem no governo de Vane. Se inscreveram sem saber que estariam
protagonizando a perspectiva de legitimarem a contratação de quem já estaria na
relação de interesse dos atuais mandatários. Na realidade, quem é contra os
interesses políticos e eleitorais do prefeito, acaba sendo, invariavelmente,
preterido nesta modalidade de contratação. Por isso sou contra a contratação
através de seleção pública. Quanto maior o número de servidores de carreira em
cargos públicos, menor o número de irregularidades encontradas em um
órgão público. Essa relação, há muito tempo apontada por
vários especialistas, é um fato inquestionável. Os cargos ocupados por
este expediente nem sempre resultam em benefício para a população. O problema maior
nessa convocação pública, é
o excesso de “aprovados”, via de regra, por interesse político-partidário,
e não técnico. Nem todos os servidores concursados são honestos e eficientes.
Mas os efetivos tendem a ser mais cuidadosos e zelosos, têm
interesse público e prezam a estabilidade, conquistada com muito
sacrifício. O problema detectado é que eles se sentem pouco motivados a
adotar soluções inovadoras, que podem ser questionadas no futuro. Disciplinado
esse aspecto, a questão estará resolvida. Agora está provado: o melhor para o
serviço público é o concursado, motivado e com possibilidade de inovar. O
resto é cabide de empregos, politicagem da pior espécie.

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