No dia em que
o Partido dos Trabalhadores realizou uma grande festa para celebrar seus 33
anos de existência e os dez anos à frente da Presidência da República, o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) nessa quarta-feira (20/02), fez duras críticas ao
partido, do qual é adversário político, afirmando que lhe faltam “autocrítica,
humildade e reconhecimento, matérias-primas fundamentais do fazer diário da
política”. Em pronunciamento no Plenário do Senado, o senador acusou o PT de
ter mudado de postura depois de ter conquistado o poder e apresentou uma lista
com 13 (em alusão ao número da legenda) pontos que classificou como os maiores
fracassos dos petistas à frente do governo federal. O PRIMEIRO DELES foi
o comprometimento do desenvolvimento econômico do país. Aécio criticou o baixo
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do último ano, ressaltando que, na
América do Sul, o Brasil superou em crescimento apenas o Paraguai, quadro que
considerou “inimaginável”. O SEGUNDO, a paralisia do país. O
senador disse que o problema de infraestrutura enfrentado pelo Brasil, em
rodovias, portos e aeroportos, continua intocado, fazendo com o que o país não
consiga ser competitivo no mercado internacional. Poucas obras teriam sido
efetivamente realizadas e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
funcionaria apenas como propaganda de governo. Como TERCEIRO PONTO,
Aécio apontou o sucateamento da indústria nacional, que tradicionalmente pagava
os melhores salários e fomentava a inovação e hoje não tem mais gerado
empregos, de acordo com dados do IBGE. O país atualmente, lamentou o senador,
teria voltado no tempo e se tornado mero exportador de commodities. O QUARTO
FRACASSO do governo PT na lista de Aécio foi o aumento da inflação e a
desaceleração do crescimento. Como QUINTO PONTO, o senador
citou a má gestão econômica e a queda da credibilidade fiscal do país por conta
de sua “contabilidade criativa” – manobras contábeis que estariam sendo
adotadas pelo governo para fechar as contas públicas e que, em sua avaliação,
poderiam colocar em risco a transparência das finanças públicas. A destruição
do patrimônio nacional foi o SEXTO FRACASSO APONTADO POR AÉCIO,
com o desmonte de estatais e a derrocada da Petrobras, que teve perda
significativa em seu valor de mercado e hoje vale menos que a empresa de
petróleo da Colômbia. Já o mito da autossuficiência e a implosão do etanol
apareceram como o SÉTIMO PONTO DA LISTA de críticas do senador
tucano ao PT. Aécio lembrou que em 2006 o governo federal assegurou que o país
era autossuficiente na produção de petróleo e biocombustíveis. Hoje, seis anos
depois, é preciso importar não apenas derivados de petróleo, mas também etanol,
comprado dos Estados Unidos. Como OITAVO TÓPICO apareceu o
eminente risco de apagão elétrico no país e a falta de planejamento nas gestões
do governo. Aécio afirmou que o governo se salvou do racionamento de energia
diante do péssimo desempenho da indústria nacional, mas o risco ainda persiste.
E só não é maior graças ao parque termoelétrico herdado da gestão do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). EM NONO NA LISTA,
estava o desmantelamento da federação. Na avaliação do senador, o governo vem
adotando prática perversa de fragilizar estados e municípios para lhes retirar
autonomia e fazê-los dependentes da União. Além disso, tem assistido de forma
omissa a discussão de novas partilhas de recursos para a federação, seja na
distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou dos royalties do
petróleo. A insegurança pública e o flagelo das drogas foram apontados por
Aécio como o DÉCIMO ITEM DA LISTA. O senador informou que 87%
dos recursos investidos em Segurança Pública no Brasil vêm dos cofres
municipais e estaduais. A União contribui com apenas 13%. E essa participação
tem sido cada vez menor – em 2012, somente 24% dos R$ 3 bilhões previstos no
orçamento federal para Segurança Pública foram efetivamente aplicados. COMO
11º PONTO, Aécio indicou o descaso na saúde e baixa qualidade da
educação. O senador lamentou que, enquanto municípios precisam investir 15% de
suas receitas em saúde, os estados 12%, o governo federal não aceitou
contribuir com 10% de suas receitas, rejeitando projeto com tal proposta. Na
educação, o senador citou uma promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff
em 2010: a construção de 6 mil novas creches. Ao final do segundo ano de
governo, a presidente só teria conseguido inaugurar sete. O 12º
FRACASSO exemplificado pelo senador foi o estímulo à intolerância –
setores do PT incentivariam a intolerância como instrumento de ação política,
tratando adversários como inimigos a serem batidos. Também tentariam cercear a
atuação da imprensa. O ÚLTIMO PONTO DA LISTA DE AÉCIO foi a
defesa dos maus feitos – casos de corrupção identificados no governo que
estariam paralisando setores inteiros.

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