Demonstram recentes
acontecimentos a fundamental importância do espalhamento, e funcionamento em
tempo integral, das câmeras de vigilância. Uma cidade como Itabuna, assolada
pela violência e sob pressão crescente do crime organizado dos raios A e B do
presídio da cidade, não pode abrir mão do uso cotidiano, intenso, desses
equipamentos contemporâneos. Uma rápida olhada no noticiário local comprova,
através de dois fatos, o quanto é imprescindível o uso dessas máquinas: seja na
elucidação de um caso de agressão física, seja na ocorrência do roubo de
algumas dessas câmeras. Como primeiro exemplo, temos um caso do sumiço há um
ano, da jovem Clébia Santos Lisboa (foto), acontecido em plena via pública, que talvez nunca venha a
ser esclarecido por não ter havido imagens de câmeras de vigilância
(particulares) existentes nas proximidades do local do delito, bairro do Pontalzinho.
A segunda manifestação carrega consigo certo traço satírico, pois, segundo
informações de um policial, que pediu-me para não ser identificado, alguns
desses equipamentos, afixados em áreas públicas do centro da cidade, foram
simplesmente afanados por larápios. Terá sido o furto motivado por mera
ganância? Será que os ladrões pretenderiam vender esse equipamento para pessoas
interessadas em segurança? Ou (o que não tem graça nenhuma) será que esse tipo
de ação corresponde a uma óbvia estratégia do crime organizado? Afinal, quem se
preocupa em organizar-se criminosamente tem todo o interesse em reduzir a
capacidade de defesa da sociedade. Somando um mais um, a resposta é
incontornável: dois devem ser os objetivos do poder público no tocante ao item vigilância
eletrônica. Instalar mais e mais câmeras em toda a cidade, e cuidar para que
esses equipamentos não sejam eliminados tão facilmente. Além de Itabuna, muitas
outras cidades no Estado precisam desse olhar eletrônico. Vários municípios se
anteciparam à capital e já contam, há anos, com seus sistemas de vigilância
eletrônica e, desde então, têm colhido resultados positivos a partir desse
investimento. O momento é de seguir adiante, espalhando câmeras por todo lado.
E cuidando delas, afinal, guerra é guerra e esses bens são armas fundamentais
para qualquer um dos lados.

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