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Natal Itabuna

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Trief

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5 de janeiro de 2013

OS BEBERRÕES ESTÃO DANDO A MÍNIMA PARA A LEI SECA



Um amigo médico, sujeito pacato e respeitador das leis, recentemente, após uma semana dura de trabalho, saiu com a esposa para jantar. Tomaram juntos, cada um, um cálice de vinho. No retorno para casa, foi parado por uma blitz policial. Terminou penalizado com perda de pontos na carteira e uma multa de dois mil reais. A bem vinda Lei Seca, que pode evitar tantas mortes, principalmente de jovens, foi contemplada recentemente com vigoroso implemento: aumentaram muito as suas possibilidades de aplicabilidade e sua multa. Há um adágio que afirma ser melhor prevenir os crimes, que puni-los. Essa lei deveria seguir o exemplo dado pelo Supremo: ser usada para todos, sem privilégios. Infelizmente, entre nós, a sua aplicação tem sido mais para contemplar as aparências e para efeito cosmético que real. Fatos repetidos de descumprimento dessa louvável lei observam-se diariamente na rodovia mais utilizada de nossa região: a BR 415; não precisa ser época de festas e feriadões. Os recorrentes abusos ocorrem principalmente após noitadas de uso excessivo de álcool, pelos frequentadores de bares e boates de Ilhéus e Itabuna: após fechar ao alvorecer, os frequentadores estendem a orgia, ligam gigantescas caixas de som, bebem ainda mais, assumem a direção dos veículos e cantando pneus, saem, transformam a rodovia em imenso manicômio. Os muitos que praticam caminhadas nas imediações do Banco da Vitória e Salobrinha, que deveriam ser de placidez e de comunhão com a bela natureza da região e os motoristas normais, são ameaçados pela insânia desses malucos e pela omissão das autoridades policiais. Os penalizados pela admirável lei e os demais motoristas que a respeitam, gostariam de saber qual o salvo-conduto, qual a imunidade que permite essa transgressão aos beberrões que trafegam na BR 415, enquanto eles são severamente punidos por um único cálice de vinho. Nesse caso, então, da louvável Lei Seca, aqui entre Ilhéus e Itabuna, que foram destaques nacionais em violência, a sua aplicação peca pela negligência e pela omissão – é só circular pela BR 415 diariamente para se comprovar.

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