Prefeitura Itabuna

Trief

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3 de janeiro de 2013

NÃO PODEMOS DEIXAR O RIO CACHOEIRA MORRER



O rio só é belo porque suas margens são tecidas para promoverem o encontro das águas com a humanidade, e não o choque com o barro, e se ele morre a vida se esvai junto com ele. E nessa linha de raciocínio, não podemos esquecer que vivemos em Itabuna, cercados pela natureza, em plena Mata Atlântica do sul da Bahia, com rios perenes. Esses rios são fontes vitais para a vida humana. A água é o líquido mais precioso do mundo. Sem  ele a vida perece. As ações humanas que desprezam o valor da água se tornam absurdas e até mesmo inconseqüentes, e se persistirmos em esquecer as margens dos rios, vamos de olhos vendados ao encontro do precipício. Os gestores e os políticos, não devem fazer planejamentos de crescimento econômico sustentável sem considerar e priorizar as fontes naturais dos cursos de água. Isso porque, como já se disse, água é sinônimo de vida. É como diz o adágio popular: “Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca”. Por isso tudo, é imperioso indagar: o quê se tem feito em prol da vida do Rio Cachoeira; Rio Almada, Rio Colônia...? Ou perguntando de outra forma: qual a preocupação de nossos parlamentares com os rios regionais e, em particular, o Rio Cachoeira, que é o veio mais intenso da bacia hidrográfica da micro região cacaueira? Para responder essas indagações, recorre-se à memória recente das festividades de final de ano, ocasião em que foi comemorado, em grande estilo, pompas e folguedos a destinação de emendas parlamentares para os diversos setores produtivos, econômicos, industriais e humanitários. Esquecem, esses ilustres e “iluminados” senhores e senhoras, que uma sociedade não prospera, não cresce, não vinga, sem o líquido precioso que se chama água! Ninguém pode esquecer que a água alimenta e restabelece o curso da vida, igualmente o amor enche de brilhos os olhos dos apaixonados, tal como a felicidade que inunda de sorrisos as faces mais indiferentes e sombrias. O fato é que o rio, que acolhe, num abraço ardente, as águas, suporta o rigor do clima, a perversão dos resíduos humanos, o medo da motosserra, o conflito de uso e o desmoronamento de suas margens. Todavia, não aguenta a perversão humana, o descaso, o desrespeito, o alheamento, o desleixo, o abandono daqueles que devem zelar pelo bem da população. Sem água, repito, não há vida neste rio que ainda corre e desce em direção ao oceano atlântico. O Rio Cachoeira, que sustenta a vida regional, alimenta e sacia a sede de mais de um milhão de pessoas, é responsável pelo progresso da pecuária, da agricultura, da piscicultura, da fauna, da flora, enfim, de todos os biomas que nos cercam. Então, ele não merece um olhar de carinho, um projeto político, neste começo de 2013? O orçamento do Estado e da União foram aprovados em dezembro, neles, não consta rubrica com recursos financeiros para investimento na gestão do Rio Cachoeira e seus afluentes. Será que nossos ilustres representantes na Assembleia Legislativa E Congresso Nacional não sentem que o Rio Cachoeira está se asfixiando na miséria da escassez? E, neste início de 2013, a maior manifestação de respeito que o rio cachoeira pode receber é o carinho, o respeito, o zelo e o cuidado de todos nós. Isso por que nossas vidas estão irmanadas com ele, assim como a natureza de um fio umbilical. Não se pode esquecê-lo. Também não se pode deixar de agradecê-lo pela vida. E nem deixá-lo morrer!

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