Hoje, completam-se 100 anos do nascimento do itabunense Jorge Amado, o romancista do povo, um dos maiores e seguramente o mais popular dos escritores brasileiros. Com mais de 30 livros
publicados, a maioria traduzida em dezenas de países, sua obra é, antes de mais nada, uma declaração de amor a nossa gente e, sobretudo, uma denúncia das desigualdades sociais em nosso país. Muitos de seus livros, é sempre bom lembrar, chegaram a ser censurados e banidos pela ditadura do Estado Novo (1937-1945). Os motivos? Jorge militou por mais de duas décadas no Partido Comunista Brasileiro (PCB), foi deputado federal (de 1945 a 1947, quando o partido foi proscrito), e mesmo após seu afastamento do Partidão, em 1956, quando das denúncias contra o regime de Stalin, nunca deixou de defender a justiça e a igualdade social. Nascido em Itabuna, no sul da Bahia, Jorge Amado teria todos os motivos para continuar a tradição familiar e ser um fazendeiro de cacau. Mas, aos 19 anos lançou seu primeiro livro “O país do Carnaval” e anos depois, na capital federal, à época o Rio de Janeiro, ingressou na faculdade de Direito, abraçando a militância política. COM O PCB PROSCRITO ELE PRECISOU SE EXILAR - Em 1945, Jorge foi o deputado federal mais votado na Bahia. Já havia publicado romances como Mar Morto (1936) e o belíssimo Capitães de Areia (1937). Jorge esteve à frente dos avanços da Constituição de 1946 e foi autor do projeto que garantiu o direito à liberdade de culto religioso no Brasil. Quando as perseguições recomeçaram e o PCB caiu novamente na clandestinidade, Jorge teve de se exilar. Na França, tornou-se um dos principais líderes do movimento mundial pela paz e um dos principais divulgadores da literatura brasileira e latino-americana no exterior. Novas edições de sua vasta obra estão sendo lançadas neste ano. É uma oportunidade e tanto para relermos seus livros e para que os mais jovens conheçam sua escrita e por meio dela o Brasil e seu povo.
publicados, a maioria traduzida em dezenas de países, sua obra é, antes de mais nada, uma declaração de amor a nossa gente e, sobretudo, uma denúncia das desigualdades sociais em nosso país. Muitos de seus livros, é sempre bom lembrar, chegaram a ser censurados e banidos pela ditadura do Estado Novo (1937-1945). Os motivos? Jorge militou por mais de duas décadas no Partido Comunista Brasileiro (PCB), foi deputado federal (de 1945 a 1947, quando o partido foi proscrito), e mesmo após seu afastamento do Partidão, em 1956, quando das denúncias contra o regime de Stalin, nunca deixou de defender a justiça e a igualdade social. Nascido em Itabuna, no sul da Bahia, Jorge Amado teria todos os motivos para continuar a tradição familiar e ser um fazendeiro de cacau. Mas, aos 19 anos lançou seu primeiro livro “O país do Carnaval” e anos depois, na capital federal, à época o Rio de Janeiro, ingressou na faculdade de Direito, abraçando a militância política. COM O PCB PROSCRITO ELE PRECISOU SE EXILAR - Em 1945, Jorge foi o deputado federal mais votado na Bahia. Já havia publicado romances como Mar Morto (1936) e o belíssimo Capitães de Areia (1937). Jorge esteve à frente dos avanços da Constituição de 1946 e foi autor do projeto que garantiu o direito à liberdade de culto religioso no Brasil. Quando as perseguições recomeçaram e o PCB caiu novamente na clandestinidade, Jorge teve de se exilar. Na França, tornou-se um dos principais líderes do movimento mundial pela paz e um dos principais divulgadores da literatura brasileira e latino-americana no exterior. Novas edições de sua vasta obra estão sendo lançadas neste ano. É uma oportunidade e tanto para relermos seus livros e para que os mais jovens conheçam sua escrita e por meio dela o Brasil e seu povo.
Jorge Amado não passou de mais um parasita, fazendeiro pederasta, explorador dos baianos... É o que o povo diz!
ResponderExcluirAntonio Santana
Quando penso na obra de Jorge Amado, sua habilidade em mostrar a sociedade brasileira na sua verdadeira essência fica evidente.
ResponderExcluirJorge Amado era um intelectual de esquerda, que escreveu toda a sua ficção tendo a Bahia como pano de fundo. E ele o fez com uma propriedade incrível: sua prosa é de fácil compreensão e seus personagens são marcantes e indepentes; além disso, Jorge Amado se aproximou de forma bastante convincente da tradição oral do nosso povo através de seus escritos.
Para mim, Jorge Amado é o mais popular de nossos escritores.
Obras do autor
ResponderExcluirO País do Carnaval, romance (1930)
Cacau, romance (1933)
Suor, romance (1934)
Jubiabá, romance (1935)
Mar morto, romance (1936)
Capitães da areia, romance (1937)
A estrada do mar, poesia (1938)
ABC de Castro Alves, biografia (1941)
O cavaleiro da esperança, biografia (1942)
Terras do Sem-Fim, romance (1943)
São Jorge dos Ilhéus, romance (1944)
Bahia de Todos os Santos, guia (1945),(Tradução francesa:"Bahia de tous les saints"),Gallimard,Paris,1979
Seara vermelha, romance (1946)
O amor do soldado, teatro (1947)
O mundo da paz, viagens (1951)
Os subterrâneos da liberdade, romance (1954)
Gabriela, cravo e canela, romance (1958)
A morte e a morte de Quincas Berro d'Água, romance (1961)
Os velhos marinheiros ou o capitão de longo curso, romance (1961)
Os pastores da noite, romance (1964)
O Compadre de Ogum,romance (1964)
Dona Flor e Seus Dois Maridos, romance (1966)
Tenda dos milagres, romance (1969)
Teresa Batista cansada de guerra, romance (1972)
O gato Malhado e a andorinha Sinhá, historieta infanto-juvenil (1976)
Tieta do Agreste, romance (1977)
Farda, fardão, camisola de dormir, romance (1979)
Do recente milagre dos pássaros, contos (1979)
O menino grapiúna, memórias (1982)
A bola e o goleiro, literatura infantil (1984)
Tocaia grande, romance (1984)
O sumiço da santa, romance (1988)
Navegação de cabotagem, memórias (1992)
A descoberta da América pelos turcos, romance (1994)
O milagre dos pássaros , fábula (1997)
Hora da Guerra, crônicas (2008)
Em 1995 iniciou-se o processo de revisão de sua obra por sua filha Paloma e os livros ganharam novo projeto gráfico.
Ele foi um bom escritor mas não curto muito essa área sou mais de poema como Mário Quintana, Carlos Drummond e etc.
ResponderExcluirHumberto Campos D. de Albuquerque
O QUE MAIS FOI MARCANTE NA OBRA DE JORGE AMADO, FORAM AS SUAS PERSONAGENS FEMININAS... EM TODAS AS OBRAS QUE LI, PERCEBI QUE AS PROTAGONISTAS SÃO NORDESTINAS E BATALHADORAS, COM UMA PERSONALIDADE EXTREMAMENTE MARCANTE.NORMALMENTE ELAS TEM UM BOM CORAÇÃO E SÃO INGÊNUAS... PAULO SÉRGIO FONTES DA SILVA
ResponderExcluirCom Jorge, ou sem Jorge, as mentes humanas estão sempre tão cheias de nada, é criada uma necessidade de ver nada, e isso não seria possível se nessa página houvesse nada. Wilson Monteiro
ResponderExcluirPrezado amigo Val Cabral
ResponderExcluirJorge Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de agosto de 1912 — Salvador, 6 de agosto de 2001) foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.
Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra são criações suas, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres. A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braille e em fitas gravadas para cegos.
Amado foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho mas, em seu estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994 viu sua obra ser reconhecida com o Prêmio Camões.
Paulo do Pontalzinho
paupont@bol.com.br
Li e adorei todos os seus livros: O País do Carnaval, Cacau, Jubiabá, Terras do Sem fim, A Morte e a Morte de Quincas Berro d´Água, Seara Vermelha, O Cavaleiro da Esperança, O Mundo da Paz, Os Subterrâneos da Liberdade, Gabriela, Cravo e Canela, Suor, Mar Morto, Capitães de Areia, São Jorge dos Ilhéus, Os Velhos Marinheiros, Os Pastores da Noite, Dona Flor e seus Dois Maridos, ABC de Castro Alves, O Amor do Soldado, Bahia de Todos os Santos, A Estrada do Mar, Tereza Batista Cansada de Guerra, Tieta do Agreste, Farda Fardão e Camisola...
ResponderExcluirDjalma Nogueira
Amo! Livros maravilhosas, falava de tudo sem se tornar repetitivo ou enjoativo, Dos livros dele o meu favorito é "Tereza Batista ..." ótimo!
ResponderExcluirFlávio Higino de Melo
A Bahia é linda...e falar dela e não falar de Jorge Amado é nigligência....
ResponderExcluirSissi
Os textos dele são bem escritos, diferentes, há misticismo, candomblé, uma parte do Brasil que precisava ficar cravada nos anais da literatura. É, com certeza, um excelente narrador de histórias, ainda mais tendo a Bahia como pano de fundo para seus romances. Alguns dos/as nossos/as excelentes escritores/as perdem apenas para Machado de Assis, do meu ponto de vista. Em matéria de literatura ainda há de nascer quem o supere.
ResponderExcluirLuciano Brito de Jesus
Jorge Amado descreveu a Bahia como ninguém e é a cara do Brasil!
ResponderExcluirNunes
Li quase tudo dele. Os gênios são meio mal humorados mesmo.
ResponderExcluirGosto muito de suas obras, principalmente das primeiras. Adoro Mar Morto, acho muito poético. Capitães de areia também é muito bom, já fazia uma denúncia social naquele tempo. Jorge Amado tinha uma forte consciência social, sempre presente em seus romances: Terras do sem fim, Tocaia Grande, etc.
ResponderExcluirJorge Amado foi para mim um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos como Getúlio Vargas foi um grande presidente brasileiro.
ResponderExcluirOrlando de Andrade