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23 de julho de 2012

POLÍCIA MILITAR DE SÃO PAULO MATA MAIS QUE A POLÍCIA DOS EUA

Dados obtidos pela Folha mostram que, de 2006 a 2010, 2.262 pessoas foram mortas após supostos confrontos com PMs paulistas. Nos EUA, no mesmo período, conforme dados do FBI, foram 1.963 "homicídios justificados", o equivalente às resistências seguidas de morte registradas em São Paulo. Analisando as taxas de mortos por 100 mil habitantes, índice que geralmente é usado para aferir a criminalidade e comparar crimes em regiões diferentes, constata-se que no Estado de São Paulo, com população de 41 milhões de habitantes, a taxa é de 5,51. Já nos EUA, onde há 313 milhões, a taxa é de 0,63. Os números mostram que mesmo adotando técnicas de redução de letalidade, a PM paulista ainda mata muito. O método Giraldi, que orienta o PM a atirar duas vezes e parar, tem sido deixado de lado. Especialmente desde a segunda quinzena de junho, quando a tropa entrou em alerta, após a morte de oito policiais militares. Segundo familiares de PMs ouvidos pela Folha, os assassinatos dos colegas geraram um "grande clima de tensão". Para o defensor dos três policiais presos acusados de matar o empresário Ricardo Prudente de Aquino, 39, na última quarta, o homicídio foi uma fatalidade, e a causa, o "clima constante de confronto nas ruas". O empresário foi morto após fugir de um cerco policial. Os PMs dizem ter confundido o celular da vítima com uma arma. "Meus clientes policiais se queixam demais, especialmente nesses últimos dois meses, quando muitos deles foram alvo de ataques", diz o advogado Fernando Capano. "Eles temem sair para trabalhar e não voltar mais." Um policial, amigo de um dos oito mortos, concorda. "Os PMs do 23º batalhão [onde os três presos trabalham] mataram esse rapaz no susto. Hoje, em qualquer reação de alguém, o pensamento do policial é 'antes ele do que eu'", disse à Folha um policial, que pediu anonimato. TROPA CONTROLADA - O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, disse anteontem não faltar treinamento aos PMs e que o comando da corporação controla a tropa. "Controle absoluto", garantiu ele. "O comando está plenamente tranquilo de que tem o comando nas mãos. Não há nenhuma precipitação ou hipersensibilidade por parte dos policiais que trabalham na rua", disse. Procurada, a PM não se pronunciou sobre a comparação da letalidade policial em São Paulo com a dos EUA. O comandante-geral interino da PM, coronel Hudson Camilli, afirma que a ação que resultou na morte do empresário foi "tecnicamente correta" porque houve a perseguição de um suspeito que desobedeceu à ordem de parada. Segundo ele, a credibilidade da PM não está abalada e não houve crescimento da letalidade. Disse ainda que o número de mortos em confronto com a PM está dentro da normalidade.(André Caramante, Giba Bergamim Jr. e Afonso Benites).

5 comentários:

  1. Matar bandido não é crime, é faxina.
    Se as leis brasileiras fossem mais eficientes que as leis americanas, certamente os PMs do Brasil todo não teriam o trabalho de matar bandido...
    tá com pena de bandido??? Leva eles pra sua casa.
    Pedro Conrado

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  2. VEJA NA FOTO ACIMA, O OLHAR DE ÓDIO DO PM QUE ESPANCARÁ O PRESO JÁ DOMINADO!
    ESSE TIPO DE PM É QUE MANCHA A IMAGEM DA CORPORAÇÃO: É BANDIDO COVARDE, MATADOR E CRUEL.
    JOSELITO BARBOSA

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  3. Claudemir Mendes da Fonseca23 julho, 2012

    A especialidade de policias bandidos é matar pobres, por tortura ou por assassinato mesmo! Adotam a denominada nazi higienização social para esconder a miséria implantada por políticos e governantes corruptos!

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  4. A Polícia Militar de São Paulo está entre as mais eficientes do país, ainda que enfrente um verdadeiro movimento organizado de difamação.
    Ao longo de 12 anos, o estado reduziu em mais de 80% o número de homicídios.
    Em São Paulo estão mais de 40% dos presos do país, embora reúna apenas 22% da população.
    A capital de São Paulo é aquela em que menos se mata hoje no país por 100 mil habitantes. O Estado está em antepenúltimo lugar. Há 12 anos, disputavam as primeiras posições no ranking. Isto é fato.
    Juscelino Ribeiro dos Santos
    Professor

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  5. Waldir Conrado dos Santos23 julho, 2012

    Curioso é que ninguém fala dos policiais que são covardemente assassinados em São Paulo, do clima de terror que vivem e seus familiares também. Gostaria de lembrar que não são apenas os criminosos que têm direitos humanos, mas as pessoas decentes, o que inclui os policiais, que são funcionários públicos concursados, que saem para trabalhar sem saber se voltam vivos para casa, que recebem o salário mais baixo do Brasil e a grande maioria, quase totalidade dos policiais militares honram a farda que vestem, são heróis anônimos e vítimas da ingratidão da sociedade também são titulares de direitos humanos. Suas esposas e filhos também têm direitos humanos a serem defendidos e respeitados. Por que então, quando são assassinados covardemente ninguém fala nada. Os trabalhadores, que produzem, que pagam impostos, também têm direitos humanos. Então, não dá para entender porque somente defendem os direitos humanos dos criminosos. Quem comete crime, o faz porque quer, ninguém é obrigado a delinquir. Então, se escolheu esta caminho, não reclama da polícia depois. O policial somente está cumprindo com o seu dever e dando à sociedade a contraprestação do "poupudo" salário que recebem, ou seja, não querem ser come e dorme. Quem fica aí falando mal dos policiais deveriam estar falando mal é de político. Mais uma coisa. É muito cômodo criticar e falar mal dos policias quando se está sentado confortavelmente em suas cadeiras, nos seus gabinetes ou escritórios, muitos, devido ao cargo que ocupam, estão até mesmo blindados.

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