ITABUNA SANGRA NA DESIGUALDADE SOCIAL

Não necessitamos de nenhum dado estatístico para reafirmar o sobejamente conhecido sobre o desencontro entre os índices econômicos e sociais do Município de Itabuna. Nossa cidade apresenta a maior desigualdade dentre todos os municípios integrantes do sul da Bahia. Devemos ser menos pior apenas que São José da Vitória. Que me desculpe os munícipes do correligionário de Dilma e Wagner, Jeová Nunes, mas a cidade mais se parece com a Favela do Bode, em Itabuna. A conclusão decorre do que vejo e me informo sobre a fome, desemprego, violência, mendigagem, infraestrutura urbanística... em contraste à construção de dezenas de edifícios de luxo e condomínios fechados. Não há em Itabuna, nenhum projeto sério e confiável, de combate à pobreza e injustiça social. Os fatos cotidianos confirmam e quantifica o que sabemos por sentir na pele: Itabuna cresce economicamente para alguns privilegiados, sobretudo para quem está incluído nos seguimentos de industria, serviços e comercio, mas as diferenças sociais ainda são acachapantes, para quem deriva da agricultura e agropecuária, que são setores que mais contribuem para o êxodo rural e conseqüente favelização da periferia de Itabuna. A distância entre ricos e pobres ainda é coisa da pré-modernidade. E se esta análise se alongasse para as disparidades entre bairros, teríamos aí números igualmente chocantes, numa reafirmação de nosso Município como um lugar marcado por desigualdades monstruosas. Confirmado o já conhecido, resta-nos investir mais ainda na superação dessas diferenças entre os itabunenses. O momento é este, no ascenso econômico, posto a partilha de riqueza só ter sentido em momentos de prosperidade.