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Natal Itabuna

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Trief

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20 de maio de 2012

AS PRAÇAS EM ITABUNA ESTÃO JOGADAS ÀS TRAÇAS

“A praça é do povo, como o céu é do condor”, já dizia o poeta, dos escravos. Não, a Praça Simão Fiterman, no bairro São Caetano, não é mais do povo. Não é mais o espaço da liberdade, onde as
pessoas podiam curtir, passear, namorar, viver seus momentos românticos, se encantar com a beleza daquele lugar de Itabuna. Onde os pais tinham o prazer de levar suas crianças, onde os mais velhos deixavam aflorar fortes lembranças do passado recente. Não, a Praça Simão Fiterman não é mais do povo, como a imensidão da mata atlântica é dos pássaros. Virou recanto da desordem, uma privada pública. Lixão libidinoso, vergonha! Um patrimônio de tanta história simplesmente foi abandonado pelo poder público, transformando-se numa mistura de um monte de coisa que não serve pra nada. Mancharam mais um cartão postal da linda Itabuna e a praça perdeu o glamour de outros tempos. É uma espécie de “Meotolândia” que se confunde com um terreiro promíscuo onde tudo é permitido, menos o direito do povo ir e vir, de usufruir do espaço que um dia lhe pertenceu. A antiga Praça dos Capuchinhos, no bairro da Conceição, era uma atração bonita de se ver, ponto de encontro de amigos. Lá pelos idos dos anos 80, quando a garotada se divertia e os jovens namoravam, ou simplesmente papeavam na principal praça do bairro da “ponte que não passa carros”! De perto de lá, se via as canoas flutuando pelas águas do rio cachoeira, que na época ainda não era um esgoto a céu aberto e onde ainda se podia tomar banhos diários, como eu e meus irmãos e amigos fazíamos. Tinham árvores que faziam sombras, tinha vida. Havia o Teatrinho ABC, na Praça “Câmacan”, onde Germano Silva e Romilton Teles faziam sucesso nos shows musicais. O que antes tinha cores, ofuscou, perdeu o brilho porque deixaram morrer para se transformar num depósito de pessoas que se acham no direito de cercear o dos outros. Armados de cachimbos, fedidos e maltrapilhos, blindados pelo simbolismo dos deserdados, dos chamados “sem-lar”, intimidam a sociedade, silenciam governos e avançam com a baderna desorquestrada. Aqui poderíamos citar praças dos bairros Santo Antonio, Califórnia, Fátima, Sarinha, ou qualquer um outro bairro de Itabuna. Todas estão horríveis. Nossas praças viraram um chiqueiro, onde se cria porcos, galinhas e sabe-se lá mais o quê. Simão Fiterman, ilustre ex-prefeito de Itabuna, que recebeu tão justa homenagem como o nome da praça no bairro São Caetano, deve está horrorizado no outro plano com o tratamento que as autoridades conterrâneas lhes dispensam. Foto: Radar Notícias.

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