A Polícia
Federal reforçou neste domingo (22) o efetivo na região do sul da Bahia onde,
desde janeiro, índios disputam terras com fazendeiros e já invadiram 68
fazendas nos municípios de Pau Brasil, Itaju do Colônia e Camacan. Os pataxós
reivindicam 54 mil hectares nessa região que seriam área de reserva indígena. O
delegado da Polícia Federal em Ilhéus, Rodrigo Reis, informou que 30 agentes do
Comando de Operações Táticas (COT) já estão se deslocando para os municípios. Ele
disse que esses policiais ficarão baseados em Pau Brasil e farão uma análise
dos conflitos para saber se há necessidade de envio de mais agentes. Segundo
ele, a PF, a Polícia Militar e a Polícia Civil da Bahia estão com efetivo nos
três municípios há 15 dias. "A situação não está com o teor de gravidade
que estão passando. Todo e qualquer crime na região estão sendo computados como
conflito de terra. Estamos com cautela e fazendo uma triagem [do que é crime
comum e os que têm ligação com disputa de terras]", destacou o delegado. Ele
ressaltou que "tudo será investigado e nada ficará sem análise". Os
municípios de Pau Brasil, Camacan e Itaju do Colônia ficam a cerca de 150
quilômetros de Ilhéus. FUNCIONÁRIO
MORTO E ÍNDIO BALEADO - Na tarde de sexta-feira (20), Júlio César Passos
Silva, 32 anos, funcionário da fazenda Santa Rita, que fica na zona de
conflito, foi morto com um
tiro na cabeça durante um tiroteio. Um índio também foi baleado na
perna no confronto. O corpo do funcionário só foi encontrado por volta das 14h
de sábado (21), quando agentes da Polícia Federal, Polícia Militar e Polícia
Civil estiveram na região onde teria ocorrido o tiroteio. Já o índio Ivanildo
dos Santos, baleado na perna, foi socorrido por outros índios da tribo pataxó
hã-hã-hãe e encaminhada para o Hospital de Base, também em Itabuna. EQUIPE DA FOLHA DE S. PAULO AMEAÇADA - Também
na sexta-feira, o repórter fotográfico da Folha de S. Paulo Joel Silva, de 46
anos, e o motorista Igor Correia, de 25, foram ameaçados por dois grupos de
homens fortemente armados na zona rural de Pau Brasil. Sem olhar para o grupo,
obedecendo a ordem dos homens armados, o fotógrafo e o motorista foram
perguntados sobre a razão pela qual estavam na cidade e depois de sete minutos
foram liberados, sob a ameaça de serem baleados caso olhassem e identificassem
os agressores. Antes, o grupo inspecionou o equipamento fotográfico e guardou
no porta-malas do carro. Segundo o policial civil Sagro Bonfim, a equipe da
Folha estava em um carro de locadora, sem plotagem do jornal, dentro de uma
área ocupada pelos índios, o que pode ter gerado a desconfiança dos supostos
seguranças. "É uma área de conflito e eles não estavam acompanhados pela
Polícia Federal, correram risco de vida", relatou o policial. Em
reportagem publicada na sexta (20), a Folha de S. Paulo denunciou a presença de
homens fortemente armados na segurança da fazenda Santa Rita, pertencente ao
ex-prefeito de Pau Brasil Durval Santana. A polícia civil não confirmou se as
ameaças sofridas pela equipe da Folha na cidade tem relação com a reportagem
publicada no jornal. DISPUTA - As
invasões são estratégia dos índios pataxós para garantir a posse da terra uma
vez que aguardam julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de ação de
1982 para retirada dos fazendeiros que ocupam terras que os índios consideram
como parte de reserva indígena. Com informações da Agência Brasil.

Val Cabral, até quando a região ficará como reféns de "índios" que se julgam donos de terras que pertencem a quem dela fez jús e as possuem há gerações? Eis aí uma pergunta fácil de ser respondida pela Polícia Federal e pelo governo da Dilma Rousseff.
ResponderExcluirMário Cerqueira
Logo eles saem e os índios voltam a bagunçar. Este filme a gente já conhece.
ResponderExcluirMarcelo Pires