Os que laboram com Direito de Família estão habituados a atenderem dramas humanos. Mães, que são sós para tudo, desde levar o filho ao colégio, ao médico, ensinar, educar, chorar, sofrer, entram com ações, no intuito de despertar nos ex-maridos os deveres de, ao menos, alimentarem seus rebentos. E os casos mais tristes se avolumam: pais que abandonam filhos por um novo amor, pais que desejam ter direito a visitas, enfim, dores e mais dores. E, de modo geral, o ex-casal não se dá conta que os filhos ficam no meio dessa disputa de egoísmo, incompreensão e teimosia. Contou-nos um advogado espírita, que labora em Varas de Família, a respeito de uma ação de regulamentação de visitas. A mãe desejava estabelecer dia e hora do acesso do pai ao filho. O menino foi à audiência. Seu olhar era triste, traduzindo profunda melancolia. A separação fora tumultuada. O marido traíra a esposa e fora expulso aos tapas de casa. Isso há três anos. Nesse ínterim, raras tinham sido as vezes que o pai vira o filho. O conciliador da audiência perguntou da possibilidade de ser estabelecido um acordo. O pai, réu na ação, quedou-se em silêncio. A mãe esclareceu que buscara a justiça para que o pai fosse obrigado a visitar o filho. O menino baixou a cabeça, meneando-a de um lado para outro, como a dizer: Deixa, mãe. Ele não me quer. Mas ela não parava de falar. As palavras brotavam da sua boca, em jorros, colocando toda sua mágoa para fora. Afinal, perguntou, se não dera certo a relação matrimonial, que culpa tinha o filho? Convidado a falar, o pai, numa frieza cadavérica, perguntou se já podia ir embora, desde que não haveria acordo mesmo. Sem olhar para o filho, que era sua fotocópia autenticada, disse que queria virar aquela página da sua vida. Ele já tinha outra família, uma esposa e uma filha que era o seu xodó. Quando ele abriu a carteira para, naquele gesto espontâneo de pai, mostrar a foto da filha, o menino se esticou todo. Olhou a foto e, entusiasmado, falou: Ô, pai! Leva a garota lá em casa. Quero brincar com minha irmã! Foi o que bastou para que o pai, antes duro como uma rocha, caísse em pranto convulsivo. E o que a catadupa de raiva da esposa e todas as ponderações do conciliador acerca da responsabilidade paterna não haviam conseguido, o garoto alcançara com as palavras mágicas: Quero brincar com minha irmã. Esquecendo o próprio abandono e o que ali se discutia, o menino o chamava de pai e desejava conviver com a desconhecida irmã. E a fera foi dominada pelo amor, mais uma vez. Isso porque o amor é a maior força do Universo. Pensemos nisso! (Redação do Momento Espírita – Por Risomar Lima).18 de abril de 2012
O TRIUNFO DO AMOR
Os que laboram com Direito de Família estão habituados a atenderem dramas humanos. Mães, que são sós para tudo, desde levar o filho ao colégio, ao médico, ensinar, educar, chorar, sofrer, entram com ações, no intuito de despertar nos ex-maridos os deveres de, ao menos, alimentarem seus rebentos. E os casos mais tristes se avolumam: pais que abandonam filhos por um novo amor, pais que desejam ter direito a visitas, enfim, dores e mais dores. E, de modo geral, o ex-casal não se dá conta que os filhos ficam no meio dessa disputa de egoísmo, incompreensão e teimosia. Contou-nos um advogado espírita, que labora em Varas de Família, a respeito de uma ação de regulamentação de visitas. A mãe desejava estabelecer dia e hora do acesso do pai ao filho. O menino foi à audiência. Seu olhar era triste, traduzindo profunda melancolia. A separação fora tumultuada. O marido traíra a esposa e fora expulso aos tapas de casa. Isso há três anos. Nesse ínterim, raras tinham sido as vezes que o pai vira o filho. O conciliador da audiência perguntou da possibilidade de ser estabelecido um acordo. O pai, réu na ação, quedou-se em silêncio. A mãe esclareceu que buscara a justiça para que o pai fosse obrigado a visitar o filho. O menino baixou a cabeça, meneando-a de um lado para outro, como a dizer: Deixa, mãe. Ele não me quer. Mas ela não parava de falar. As palavras brotavam da sua boca, em jorros, colocando toda sua mágoa para fora. Afinal, perguntou, se não dera certo a relação matrimonial, que culpa tinha o filho? Convidado a falar, o pai, numa frieza cadavérica, perguntou se já podia ir embora, desde que não haveria acordo mesmo. Sem olhar para o filho, que era sua fotocópia autenticada, disse que queria virar aquela página da sua vida. Ele já tinha outra família, uma esposa e uma filha que era o seu xodó. Quando ele abriu a carteira para, naquele gesto espontâneo de pai, mostrar a foto da filha, o menino se esticou todo. Olhou a foto e, entusiasmado, falou: Ô, pai! Leva a garota lá em casa. Quero brincar com minha irmã! Foi o que bastou para que o pai, antes duro como uma rocha, caísse em pranto convulsivo. E o que a catadupa de raiva da esposa e todas as ponderações do conciliador acerca da responsabilidade paterna não haviam conseguido, o garoto alcançara com as palavras mágicas: Quero brincar com minha irmã. Esquecendo o próprio abandono e o que ali se discutia, o menino o chamava de pai e desejava conviver com a desconhecida irmã. E a fera foi dominada pelo amor, mais uma vez. Isso porque o amor é a maior força do Universo. Pensemos nisso! (Redação do Momento Espírita – Por Risomar Lima).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O AMOR SEMPRE VENCE E VENCERÁ, POIS ELE É O MAIOR SIMBOLO DA EXISTÊNCIA DE DEUS.
ResponderExcluirESMERALDO BORGES
Porque o Amor é Cego
ResponderExcluirA Loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa.
Todos os convidados foram.
Após tomarem café a Loucura propôs:
Vamos brincar de esconde-esconde?
Esconde-esconde? O que é isso? perguntou a Curiosidade.
Esconde-esconde é uma brincadeira.
Eu conto até cem e vocês se escondem.
Ao terminar de contar, eu vou procurar, e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.
Todos aceitaram, menos o Medo e a Preguiça.
1, 2, 3, ... a Loucura começou a contar.
A Pressa se escondeu primeiro, em um lugar qualquer.
A Timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore.
A Alegria correu para o meio do jardim.
Já a Tristeza começou a chorar, pois não achava um local apropriado para se esconder.
A Inveja acompanhou o Triunfo e se escondeu perto dele debaixo de uma pedra.
A Loucura continuava a contar e os seus amigos iam se escondendo.
O Desespero ficou desesperado ao ver que a Loucura já estava no noventa e nove.
Cem, gritou a Loucura. Vou começar a procurar.
A primeira a aparecer foi a Curiosidade, já que não agüentava mais querendo saber quem seria o próximo a contar.
Ao olhar para o lado, a Loucura viu a Dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados que ficasse estaria se escondendo.
E assim foram aparecendo a Alegria, a Tristeza, a Timidez...
Quando estavam todos reunidos, a Curiosidade perguntou: - Onde está o Amor?
Ninguém o tinha visto.
A Loucura começou a procurá-lo. Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do Amor aparecer.
Procurando por todos os lados a Loucura viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito.
Era o Amor, gritando por ter furado o olho com espinho.
A Loucura não sabia o que fazer.
Pediu desculpas, implorou pelo perdão do Amor e até prometeu seguir-lhe para sempre.
O Amor aceitou as desculpas.
Desde então, e até hoje, o Amor é cego e a Loucura sempre o acompanha.
Risomar Lima
deixeopovotrabalharisomar2018@gmail.com