O PODER EMPACADO EM ITABUNA

Fora os costumeiros arranca-tocos entre Ruy Porquinho e Roberto de Souza, a Câmara Municipal parece um poste fincado num meio de uma rua, sem lâmpada e sem nenhuma outra serventia. Está ali apenas para atrapalhar, ou sem nenhum utilidade! “Caldo de piaba” é um termo usado pelos mais antigos para classificar um ambiente sem muito movimento. Parado. Dessa forma pode-se classificar as últimas sessões realizadas na Câmara de Vereadores de Itabuna. O pouco calor nos discursos combina com a ausência dos movimentos sociais, que se faziam presentes - em massa – nas plenárias anteriores do parlamento, principalmente quando os debates e votações eram relacionados a alguns interesses de classe e circunstancias. A falta de movimento na Casa não pode ser creditada ao ambiente, tendo em vista que os vereadores ocupam um prédio com espaço amplo, climatizado e de localização privilegiada. Embora pertencente a Ficc. A proximidade da eleição municipal também não pode ser usada como desculpa, considerando-se a obrigação do grupo em se manter nas sessões. É possível que a campanha eleitoral que se aproxima esfrie ainda mais o ambiente. No entanto, os representantes políticos municipais sabem que tal fato poderá ser usado contra eles próprios nas urnas. O eleitor vai saber - até por meio da imprensa - quem se mantém frequente às sessões. Eis um bom motivo para animar o plenário.