O AEDE É UM INIMIGO NANICO, QUE NÃO PODE NOS ABATER

Infelizmente não é novidade a notícia sobre epidemia da dengue. Daí um dos perigos é a banalização desse tipo de ocorrência, o que contribuirá ainda mais para com a letargia, senão o descaso, com que é abordada essa mazela na saúde pública do Brasil. Alardear, denunciar cada manifestação e surgimento de foque da dengue é o mínimo que a imprensa pode fazer. Inconformar-se com tal estado de coisas é um ato cidadão. As mortes causadas pelo mosquito Aedes aegypti deveriam assombrar as autoridades baianas. Essas vidas sacrificadas precisam ser entendidas como uma grande vergonha política, uma vergonha inaceitável. Desgraçadamente parece que o gigantismo de outros números trágicos como os expressos nas estatísticas dos assassinados na Bahia tem impermeabilizado as almas, tornando impenetráveis corações e mentes das autoridades baianas frente ao sofrimento do povo. Pessoas estão tendo suas vidas roubadas por um simples mosquito. Um inseto tornado gigante invencível, fatal, graças ao nanismo na gestão da saúde pública.