O GOVERNO É QUASE OMISSO DIANTE DOS ASSASSINATOS EM ITABUNA

As notícias dramáticas que abastecem a imprensa diariamente, informam que crianças e adolescentes são assassinados em Itabuna. A barbárie assusta ainda mais diante da revelação das hostes policiais: essas criaturas precoces tinham “envolvimento” com o tráfico de drogas. Ainda segundo investigações da polícia, a cidade de Itabuna e região enfrentam uma guerra de quadrilhas pelo comando do comércio das drogas. O cenário que se forma em ruas do centro da cidade, não é muito diferente de outros pontos, na periferia e na zona rural, não é algo que surpreenda policia e justiça. Ao contrário, é cada vez mais frequente o noticiário sobre homicídios nas fazendas e distritos, atribuídos a traficantes que montaram estrutura de distribuição de entorpecentes. Já houve, aliás, até chacina em Itabuna, também na conta de grupos que atuam no tráfico. Está claro, portanto, que a área de segurança pública conhece a dimensão do problema, que se agrava mesmo com eventuais prisões de acusados por esses crimes. Diante da tragédia com tantas famílias, o poder público precisa fazer muito mais, agindo com mais agilidade, para se antecipar aos feitos criminosos. Recentemente, o governo estadual anunciou importante parceria com o governo federal para o combate ao crack e a outras drogas. Ainda é cedo para saber da pertinência de ações fruto dessa iniciativa. Mas não é de hoje que se destinam recursos e ações para o mesmo fim; o problema é a discutível eficiência de algumas medidas levadas à prática. Muito se fala de prevenção e cuidados com as vítimas do vício, mas são incipientes os programas voltados para enfrentar a escalada dessa tragédia social. Um trabalho conjunto precisa ser levado para Itabuna; ação que impeça, de imediato, que novos exemplos de barbaridade ocorram. Até agora, o que se tem visto é muito pouco, diante da gravidade do caso que atinge uma população acuada. E não há mais tempo a perder.