O jornalista Paulo Caminha, editor deste Blog, lança em dezembro, em São Paulo, seu 2º livro. “Ah, se o tempo voltasse". “Não se pode inventar m
uito sobre o comum como banal ou vulgar, seria injusto”. Este trecho da Crônica Coisas da Vida, do jornalista Paulo Caminha, sintetiza bem a linha mestra do trabalho do autor: fotografar ações e situações cotidianas e transportá-las para um pequeno texto, de cinco ou seis parágrafos e linguagem simples e direta. A reunião desses ligeiros fotogramas do dia a dia está presente em “Ah, se o tempo voltasse...”, seu segundo livro. Algumas crônicas já foram publicadas em jornais e outras ainda permanecem inéditas. Romântico assumido, Caminha não tem pudores em enveredar pelo lugar-comum e declarar teu amor às pessoas que o atraem. Procura revolver suas lembranças e sentimentos, bem como captar e recriar o trivial contemporâneo, sem a preocupação de construir imagens complexas ou tortuosas.É lógico que, como todo cronista e escritor, sempre adiciona algo de ficção e fantasia aos seus relatos e observações pessoais, pois excitar a sensibilidade, a paixão e a fraqueza supera qualquer preocupação em preservar a fidelidade dos fatos. Encontros e reencontros, separações e despedidas, novos e antigos amores são temas que frequentemente permeiam a maioria dos textos. O autor, hoje com 58 anos, volta à sua juventude e relembra seus primeiros amores e namoradas, seus desejos e frustrações, e às vezes conta a estória de uma tentativa de retornar e reviver um velho amor, já não tão forte como no início da relação, rompida há 30 anos.Às vezes, prefere a perda da amada – o que atesta efemeridade dos amores – e se consolar com a visão das estrelas, já que essas seriam eternas e não ousaria abandoná-lo jamais. O tempo é o melhor e o pior conselheiro de Caminha. Ora faz esquecer, ora faz lembrar. Pode tanto curar os corações enfermos, como agravar ainda mais o mal. O autor sabe disso, e procura explorar toda a condição que cerca a situação. No final de tudo, fica uma constatação, implacável, o tempo modifica as pessoas e os sentimentos. Nem sempre para melhor, nem sempre para pior. Mas modifica. Também a exploração comercial e egoísta dos sentimentos, da afeição natural que existe entre os indivíduos, recebe o olhar crítico do escritor e cronista. Para ele, a maioria das emoções expressadas pelas pessoas ressente-se de naturalidade e espontaneidade.Não brota do fundo de suas almas. Quando isolados os indivíduos evitam se expor, demonstrar o que sentem. As emoções, afirma o autor, assumiriam mais o papel de respostas coletivas às inúmeras sugestões sentimentais que os meios de comunicação, à televisão, o cinema descarrega sobre os seres viventes nas sociedades contemporâneas de consumo industrial. (Carlos Acuio).
uito sobre o comum como banal ou vulgar, seria injusto”. Este trecho da Crônica Coisas da Vida, do jornalista Paulo Caminha, sintetiza bem a linha mestra do trabalho do autor: fotografar ações e situações cotidianas e transportá-las para um pequeno texto, de cinco ou seis parágrafos e linguagem simples e direta. A reunião desses ligeiros fotogramas do dia a dia está presente em “Ah, se o tempo voltasse...”, seu segundo livro. Algumas crônicas já foram publicadas em jornais e outras ainda permanecem inéditas. Romântico assumido, Caminha não tem pudores em enveredar pelo lugar-comum e declarar teu amor às pessoas que o atraem. Procura revolver suas lembranças e sentimentos, bem como captar e recriar o trivial contemporâneo, sem a preocupação de construir imagens complexas ou tortuosas.É lógico que, como todo cronista e escritor, sempre adiciona algo de ficção e fantasia aos seus relatos e observações pessoais, pois excitar a sensibilidade, a paixão e a fraqueza supera qualquer preocupação em preservar a fidelidade dos fatos. Encontros e reencontros, separações e despedidas, novos e antigos amores são temas que frequentemente permeiam a maioria dos textos. O autor, hoje com 58 anos, volta à sua juventude e relembra seus primeiros amores e namoradas, seus desejos e frustrações, e às vezes conta a estória de uma tentativa de retornar e reviver um velho amor, já não tão forte como no início da relação, rompida há 30 anos.Às vezes, prefere a perda da amada – o que atesta efemeridade dos amores – e se consolar com a visão das estrelas, já que essas seriam eternas e não ousaria abandoná-lo jamais. O tempo é o melhor e o pior conselheiro de Caminha. Ora faz esquecer, ora faz lembrar. Pode tanto curar os corações enfermos, como agravar ainda mais o mal. O autor sabe disso, e procura explorar toda a condição que cerca a situação. No final de tudo, fica uma constatação, implacável, o tempo modifica as pessoas e os sentimentos. Nem sempre para melhor, nem sempre para pior. Mas modifica. Também a exploração comercial e egoísta dos sentimentos, da afeição natural que existe entre os indivíduos, recebe o olhar crítico do escritor e cronista. Para ele, a maioria das emoções expressadas pelas pessoas ressente-se de naturalidade e espontaneidade.Não brota do fundo de suas almas. Quando isolados os indivíduos evitam se expor, demonstrar o que sentem. As emoções, afirma o autor, assumiriam mais o papel de respostas coletivas às inúmeras sugestões sentimentais que os meios de comunicação, à televisão, o cinema descarrega sobre os seres viventes nas sociedades contemporâneas de consumo industrial. (Carlos Acuio).
SOU FÃ DO PAULO CAMINHO. ELE FALA E ESCREVE O QUE É CONDIZENTE COM A VERDADE E ADORO JORNALISTAS E RADIALISTAS ASSIM.
ResponderExcluirO LIVRO DELE DEVERÁ SER UM PRIMOR NESTE CONTEXTO.
DJALMA RIBEIRO
PAULO CAMINHA HOMEM VERDADEIRO,DISPOSTO COM SUA PROFISÃO DE JORNALISTA E PROFESSOR TAMBEM AMIGO DA NOSSA SOCIEDADE
ResponderExcluirLENON ALVES