Há dez dias, a Polícia Militar decretou greve em Salvador e no interior do estado. Com a polícia fora das ruas, grupos de homens armados e encapuzados provocaram o terror e perdas à
população. Só na capital, os prejuízos dos mais de 30 estabelecimentos arrombados, assaltados e destruídos ultrapassam os R$ 400 milhões. Sem falar nos prejuízos dos lojistas e donos de bares e restaurantes que, temendo investidas de marginais, preferiram fechar as portas e, com isso, deixaram de ganhar dinheiro. Por outro lado, o número de homicídios é considerado preocupante, uma vez que, apenas no período da greve, a Secretaria de Segurança Pública contabilizou 136 mortos até a tarde de ontem. Destes, um soldado da Polícia Militar, um policial rodoviário estadual e um policial civil. Enquanto mais policiais aderem à greve, sangue está sendo derramado por todos os bairros da capital. A cidade sem segurança, os ladrões estão soltos e 293 carros foram roubados e furtados nesse mesmo período. Em várias cidades do interior, lojas foram saqueadas, roubadas e outras destruídas. Os homicídios também tiveram um crescimento considerado assustador pelos agentes da Polícia Civil. Em cidade como Vitória da Conquista, em apenas quatro dias foram registrados mais assassinatos do que os contabilizados no mês anterior. Em Teixeira de Freitas, as execuções também tiveram um grande aumento. Os prejuízos dos comerciantes que foram lesados nesse período de greve nas cidades do interior ainda não foram contabilizados. O presidente do Sindicado dos Lojistas de Salvador, Paulo Motta, pretende entrar com uma ação contra o governo para reaver os prejuízos dos comerciantes. Os reflexos da greve causaram um imenso transtorno na cidade. As faculdades e escolas particulares e públicas, que deveriam ter iniciado o ano letivo nos dias 6 e 7 de fevereiro, suspenderam as aulas. Na rede estadual, mesmo com a manutenção das aulas por conta do governo, as escolas continuam vazias por decisão dos gestores. Durante a greve, mais de 145 eventos foram cancelados, incluindo shows das cantoras Ivete Sangalo, Timbalada e do Chiclete com Banana. A poucos dias do Carnaval, o clima pelas ruas é de tensão. Baianos e turistas estão preocupados com o destino da festa e a segurança dos foliões. “Faltam apenas oito dias e ainda estamos vivendo essa greve. Fico questionando como será o Carnaval sem a polícia nas ruas? Será que o Exército está preparado para dar segurança aos foliões?", indagou o funcionário público Walter Lopes, 42 anos. Enquanto isso, na Assembleia Legislativa, o impasse continua e novas rodadas de negociações estão sendo feitas para que a greve termine ainda esta semana. O comandante geral da Polícia Militar, Alfredo Castro, convocou a tropa a aceitar as condições do governo e retornar ao serviço o quanto antes. Ele garantiu que o Carnaval será de paz e tem certeza que os grevistas aceitarão a proposta do governador Jaques Wagner e tudo volte à normalidade. (Silvana Blesa).
população. Só na capital, os prejuízos dos mais de 30 estabelecimentos arrombados, assaltados e destruídos ultrapassam os R$ 400 milhões. Sem falar nos prejuízos dos lojistas e donos de bares e restaurantes que, temendo investidas de marginais, preferiram fechar as portas e, com isso, deixaram de ganhar dinheiro. Por outro lado, o número de homicídios é considerado preocupante, uma vez que, apenas no período da greve, a Secretaria de Segurança Pública contabilizou 136 mortos até a tarde de ontem. Destes, um soldado da Polícia Militar, um policial rodoviário estadual e um policial civil. Enquanto mais policiais aderem à greve, sangue está sendo derramado por todos os bairros da capital. A cidade sem segurança, os ladrões estão soltos e 293 carros foram roubados e furtados nesse mesmo período. Em várias cidades do interior, lojas foram saqueadas, roubadas e outras destruídas. Os homicídios também tiveram um crescimento considerado assustador pelos agentes da Polícia Civil. Em cidade como Vitória da Conquista, em apenas quatro dias foram registrados mais assassinatos do que os contabilizados no mês anterior. Em Teixeira de Freitas, as execuções também tiveram um grande aumento. Os prejuízos dos comerciantes que foram lesados nesse período de greve nas cidades do interior ainda não foram contabilizados. O presidente do Sindicado dos Lojistas de Salvador, Paulo Motta, pretende entrar com uma ação contra o governo para reaver os prejuízos dos comerciantes. Os reflexos da greve causaram um imenso transtorno na cidade. As faculdades e escolas particulares e públicas, que deveriam ter iniciado o ano letivo nos dias 6 e 7 de fevereiro, suspenderam as aulas. Na rede estadual, mesmo com a manutenção das aulas por conta do governo, as escolas continuam vazias por decisão dos gestores. Durante a greve, mais de 145 eventos foram cancelados, incluindo shows das cantoras Ivete Sangalo, Timbalada e do Chiclete com Banana. A poucos dias do Carnaval, o clima pelas ruas é de tensão. Baianos e turistas estão preocupados com o destino da festa e a segurança dos foliões. “Faltam apenas oito dias e ainda estamos vivendo essa greve. Fico questionando como será o Carnaval sem a polícia nas ruas? Será que o Exército está preparado para dar segurança aos foliões?", indagou o funcionário público Walter Lopes, 42 anos. Enquanto isso, na Assembleia Legislativa, o impasse continua e novas rodadas de negociações estão sendo feitas para que a greve termine ainda esta semana. O comandante geral da Polícia Militar, Alfredo Castro, convocou a tropa a aceitar as condições do governo e retornar ao serviço o quanto antes. Ele garantiu que o Carnaval será de paz e tem certeza que os grevistas aceitarão a proposta do governador Jaques Wagner e tudo volte à normalidade. (Silvana Blesa).
Esta triste realidade é responsabilidade direta de quem vota em políticos imprestáveis e corruptos. Ninguém pensa no povo. A polícia é o real reflexo da sociedade em que vivemos. Uma sociedade que não respeita as leis tampouco gosta de cumpri-las. A polícia baiana é fruto do meio. Ganha muito mal, não tem o mínimo valor, não tem a menor condição de adquirir um imóvel em um bairro que preste. Só lamento a nossa realidade!!
ResponderExcluirWellington Nogueira