“VIVER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ”

“A vida é curta demais para ser pequena!”. Já vi esta frase, cheia de sabedoria, em algum lugar que não lembro. Mas, refletindo sobre a minha própria vida, que já chegou aos 50 anos, fico matutando sobre as coisas que já vivi e como todos os acontecimentos que se desenrolaram durante esse espaço de tempo foram rápidos! Já vi passar na lembrança minha primeira geração, e o meu filho mais velho completou 30 anos. Logo, logo será pai e gerará minha segunda geração e esta me proporcionará minha terceira geração. Certamente já não estarei aqui para vê-la. Como lamento ter que aceitar essa realidade! Com todas as dores com que a idade nos castiga, viver é muito bom! Poder gozar das modernidades que nos deixam em contato com todo o universo, gozar de toda essa evolução mental e material que transformou o mundo, tornando-o pequeno e fácil em alguns setores! Sobretudo a informática tem tido enorme influência, principalmente no desenvolvimento das crianças. Quanta coisa ainda virá depois que nós partirmos! A vida está cada dia mais se alongando, quem sabe tenhamos a sorte de viver mais e mais? Meu filho caçula está sempre me surpreendendo com conversas e ações inusitadas e que me deixam emocionado. Pedrinho ainda caminha para seu décimo aniversário e já fala de namoro e da sua pretensão de ser político quando crescer! Tal qual o papai, a minha pequena criaturinha de Deus adora microfones e Câmeras. Como são sabidas as crianças de hoje! Com tantas informações amadurecem com rapidez. O cuidado está em saber educá-las corretamente, com dosagens certas de exigências e liberalidades. Dar-lhes o exemplo de uma vida correta, oferecer-lhes o carinho, mas determinar, sem exagerada rigidez, o cumprimento dos deveres. Espero que herdem dos progenitores as boas qualidades e sejam felizes, neste mundo, também, tão cheio de tentações! A vida é difícil, mas é maravilhosa quando dura até o fim; quando há um equilíbrio na vida cotidiana do indivíduo. Que saudade sentimos do amigo quando ele se vai antes de nós! Até hoje lamento a morte de “Palito”, meu constante companheiro de aventuras e eventos festivos. Mesmo quando somos corajosos, a solidão um dia chega, e ficamos a flutuar no seu vazio. E assim é a vida, correndo, correndo e a gente nem sente que o ano passou! Quanto mais nos ocupamos, ele parece escapar entre nossos dedos! De repente o ano terminou... Que nos trará o novo ano? É tempo de meditar em fazê-lo melhor do que o ano que se foi. Todos nós, seres humanos, temos a obrigação de procurar melhorar o que não está bom.