Estou “tranquilíssimo”, ditou Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, na última sexta-feira em viagem a Buenos Aires. E se o Congresso o convocasse para depor? Pimentel
respondeu que atenderia à convocação sem vacilar. Mas como o Congresso poderia convocá-lo se o governo ali tem maioria e não deixa? Ontem mesmo não deixou. Bem, nesse caso, Pimentel não poderia atender a uma convocação inexistente. É verdade que ele poderia se oferecer para depor. Não haveria maioria com cara de pau suficiente para barrar sua vontade. Ocorre que a presidente Dilma Rousseff adiantou-se e que Pimentel não tem obrigação de ir ao Congresso falar sobre seus ganhos como consultor antes de entrar no governo. Dilma com a palavra: - O governo só acha o seguinte: é estranho que o ministro preste satisfações ao Congresso da vida privada, da vida pessoal passada dele. Se ele achar que deve ir, ele pode ir. Se ele achar que não deve ir, ele não vai”. Quer dizer: Dilma liberou Pimentel para depor no Congresso (“se ele achar que deve ir…”). Mas qualificou de “estranho” um eventual gesto dele nessa direção. E concluiu: ministro só é “obrigado” a se manifestar no Congresso sobre “assuntos do governo”. Agora, me digam: mesmo que quisesse Pimentel poderia ir depor no Congresso depois do que Dilma disse? Seria uma afronta ao que ela pensa. Palhaçada! É disso que se trata. A presidente da República deveria estimular o comparecimento ao Congresso de qualquer auxiliar que estivesse no centro de uma polêmica. E cuja presença fosse requesitada por uma fatia de congressistas – pouco importa o tamanho da fatia. A transparência na administração e a boa conduta dos homens públicos só teriam a ganhar com isso. Mas Dilma não está destinada a renovar nossos costumes políticos. Nem interessada nisso. Entre os políticos de maior estatura do país, não enxergo um capaz de enfrentar uma tarefa de tal natureza. Eles se limitam a reproduzir o comportamento dos seus pares. Ou daqueles que os antecederam. E sempre para pior. (Ricardo Noblat - por RisomarLima).
respondeu que atenderia à convocação sem vacilar. Mas como o Congresso poderia convocá-lo se o governo ali tem maioria e não deixa? Ontem mesmo não deixou. Bem, nesse caso, Pimentel não poderia atender a uma convocação inexistente. É verdade que ele poderia se oferecer para depor. Não haveria maioria com cara de pau suficiente para barrar sua vontade. Ocorre que a presidente Dilma Rousseff adiantou-se e que Pimentel não tem obrigação de ir ao Congresso falar sobre seus ganhos como consultor antes de entrar no governo. Dilma com a palavra: - O governo só acha o seguinte: é estranho que o ministro preste satisfações ao Congresso da vida privada, da vida pessoal passada dele. Se ele achar que deve ir, ele pode ir. Se ele achar que não deve ir, ele não vai”. Quer dizer: Dilma liberou Pimentel para depor no Congresso (“se ele achar que deve ir…”). Mas qualificou de “estranho” um eventual gesto dele nessa direção. E concluiu: ministro só é “obrigado” a se manifestar no Congresso sobre “assuntos do governo”. Agora, me digam: mesmo que quisesse Pimentel poderia ir depor no Congresso depois do que Dilma disse? Seria uma afronta ao que ela pensa. Palhaçada! É disso que se trata. A presidente da República deveria estimular o comparecimento ao Congresso de qualquer auxiliar que estivesse no centro de uma polêmica. E cuja presença fosse requesitada por uma fatia de congressistas – pouco importa o tamanho da fatia. A transparência na administração e a boa conduta dos homens públicos só teriam a ganhar com isso. Mas Dilma não está destinada a renovar nossos costumes políticos. Nem interessada nisso. Entre os políticos de maior estatura do país, não enxergo um capaz de enfrentar uma tarefa de tal natureza. Eles se limitam a reproduzir o comportamento dos seus pares. Ou daqueles que os antecederam. E sempre para pior. (Ricardo Noblat - por RisomarLima).
Alguém, com um mínino de discernimento, esperaria atitude diferente da nossa digníssima presidente? Ela está apenas sendo fiel e coerente com sua história de vida, seus princípios e ideais.
ResponderExcluirSó vou fazer juizo de valor quando algum jornalista colocar um microfone na boca do prefeito de BH e perguntar se ele sofreu loby do Pimentel pra contratar a Convap e se a licitação foi fraudada por isso?
ResponderExcluirRealmente, não há político de porte interessado e capacitado a mudar os costumes políticos. Julguei que FHC seria capaz. Mas juntou-se a aliados inaceitáveis para D. Ruth e fez vistas grossas, muito grossas, à corrupção. Como escreveu Pompeu de Toledo, em 2002, Revista Veja, será lembrado por ter apequenado a política. Logo ele, o Príncipe dos Sociólogos.
ResponderExcluirIsso é herança maldita so Sabata..
ResponderExcluirNão é somente a indústria que está despencando, o consumo também caiu muito, é fácil notar o desespero dessa gente, tentando através da bolha de crédito fazer o já endividado consumidor brasileiro fique cada vez na forca a fim de continuar a consumir de qualquer maneira.
Esses incompetentes que não manjam é bulhufas de economia não vão conseguir é nada com isso, a variável consumo não gera empregos, o que faz a economia gerar empregos e crescer é a variável investimento, e o país hoje vive uma queda grande do investimento, e por vários motivos, um deles é aquilo que os economistas chamam de "ciclo de estoques"... na verdade há muitos fatores envolvidos...
Sabe o que o Brasil está dizendo ao mundo hoje??? "Eu sou a Grécia de amanhã"""... depois me cobre.
Isso na verdade é fruto da herança maldita do governo do Sabata, foi o Sabata que iludiu a peble ignara e a fez acreditar que essa bolha era para sempre.
A onça quer agua.
O pior de tudo é que a imprensa passa para a opinião pública a imagem de que a presidenta Dilma vem fazendo uma faxina ética. Em qualquer emprego uma faxineira que coloca o lixo sob o tapete é sumariamente demitida.
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