A cidade com o maior PIB per capita do Brasil está na Bahia. Mas, na prática, esse resultado não sig
nifica muita coisa na vida dos cidadãos. Em São Francisco do Conde, a 65 quilômetros de Salvador, está a refinaria Landulfo Alves, uma das maiores do Brasil. São os impostos recolhidos pela Relan que dão à cidade de 32 mil habitantes o mais alto PIB per capita do país, mais de R$ 360 mil. Em 2009, o PIB local foi de R$ 11,4 bilhões, o terceiro maior do estado. A contradição é que, apesar da arrecadação de fazer inveja a muitos municípios, a população de São Francisco do Conde ainda não conseguiu fugir da pobreza. É uma cidade onde 45% dos moradores são atendidos por programas de transferência de renda do Governo federal e da prefeitura, segundo o IBGE. Em um bairro com ruas de terra, vivem famílias como a de Dona Marineide, que mora com a filha e dois netos. Eles estão cadastrados em um programa social, mesmo assim, enfrentam dificuldades. “A minha vida está uma situação triste aqui dentro de casa. Quem me dá umas coisas aqui são vizinhas, que me dão farinha, café, açúcar", revela. O programa mantido pela prefeitura atende mais de 4 mil famílias e oferece cursos profissionalizantes. Desempregada, Josiane recebe R$ 430 por mês. "Eu não amamentei minha filha. Então, eu compro leite, o mingau dela. É uma boa ajuda mesmo", conta. Ao todo, 20% dos moradores são servidores municipais. O secretário municipal da Fazenda, Marivaldo Araújo, diz que o quadro de funcionários não pode ser reduzido drasticamente porque há pouca oferta de trabalho. E culpa administrações anteriores pelo descompasso entre desenvolvimento e o dinheiro que entra nos cofres públicos. "Durante muitos anos, a população e a qualidade de vida, a saúde, a educação, a segurança alimentar, que são tão importantes para a população, simplesmente não eram percebidas como prioridade", afirma. Segundo a prefeitura, 80% das ruas são pavimentadas e o saneamento básico chega a 70% das casas. O único hospital, que não faz cirurgias de alta complexidade, é mantido com recursos do município. Um centro de saúde da mulher será inaugurado na semana que vem e quatro escolas estão sendo construídas. Mas, quem vive na região espera mais da cidade com o maior PIB per capita do país. "Ela já deveria e deve estar melhor do que o que está. A cidade é rica”, destaca a auxiliar de serviços gerais Marileide Santos. "A minha esperança é que um dia isso acabe. Eu, como franciscano, quero ver minha cidade bonita", diz um morador.
nifica muita coisa na vida dos cidadãos. Em São Francisco do Conde, a 65 quilômetros de Salvador, está a refinaria Landulfo Alves, uma das maiores do Brasil. São os impostos recolhidos pela Relan que dão à cidade de 32 mil habitantes o mais alto PIB per capita do país, mais de R$ 360 mil. Em 2009, o PIB local foi de R$ 11,4 bilhões, o terceiro maior do estado. A contradição é que, apesar da arrecadação de fazer inveja a muitos municípios, a população de São Francisco do Conde ainda não conseguiu fugir da pobreza. É uma cidade onde 45% dos moradores são atendidos por programas de transferência de renda do Governo federal e da prefeitura, segundo o IBGE. Em um bairro com ruas de terra, vivem famílias como a de Dona Marineide, que mora com a filha e dois netos. Eles estão cadastrados em um programa social, mesmo assim, enfrentam dificuldades. “A minha vida está uma situação triste aqui dentro de casa. Quem me dá umas coisas aqui são vizinhas, que me dão farinha, café, açúcar", revela. O programa mantido pela prefeitura atende mais de 4 mil famílias e oferece cursos profissionalizantes. Desempregada, Josiane recebe R$ 430 por mês. "Eu não amamentei minha filha. Então, eu compro leite, o mingau dela. É uma boa ajuda mesmo", conta. Ao todo, 20% dos moradores são servidores municipais. O secretário municipal da Fazenda, Marivaldo Araújo, diz que o quadro de funcionários não pode ser reduzido drasticamente porque há pouca oferta de trabalho. E culpa administrações anteriores pelo descompasso entre desenvolvimento e o dinheiro que entra nos cofres públicos. "Durante muitos anos, a população e a qualidade de vida, a saúde, a educação, a segurança alimentar, que são tão importantes para a população, simplesmente não eram percebidas como prioridade", afirma. Segundo a prefeitura, 80% das ruas são pavimentadas e o saneamento básico chega a 70% das casas. O único hospital, que não faz cirurgias de alta complexidade, é mantido com recursos do município. Um centro de saúde da mulher será inaugurado na semana que vem e quatro escolas estão sendo construídas. Mas, quem vive na região espera mais da cidade com o maior PIB per capita do país. "Ela já deveria e deve estar melhor do que o que está. A cidade é rica”, destaca a auxiliar de serviços gerais Marileide Santos. "A minha esperança é que um dia isso acabe. Eu, como franciscano, quero ver minha cidade bonita", diz um morador.
A desigualdade social não existe só no subdesenvolvimento. Mas nessa situação a pobreza é bem maior e geralmente a distribuição de riquezas e o acesso aos bens é bem menor. Logo, torna-se mais evidente a desigualdade, porque as pessoas que possuem, que são donas da riqueza não a distribuem nem partilham e como os bens são escassos, o outro lado tem um acesso menor ainda a eles do que nos países já desenvolvidos. Nos países desenvolvidos, a produção e geração de riquezas já permite um acesso mais fácil e barato aos bens e serviços, inclusive os educacionais e de saúde. Conhece a expressão "farinha pouca, meu pirão primeiro"? Pois é, em terra de pouco pão, os poderosos ficam com quase tudo. E para os outros, sobra o que? -
ResponderExcluirRenato Tavares
Val Cabral
ResponderExcluirNo Brasil o abismo da desigualdade social e distribuição de renda é assim: de cada R$ 100,00; R$ 58,00 vai para a classe mais rica (1% da população - 1,7 milhões)... enquanto que R$ 1,00 vai para a classe mais pobre (50% da população - 86 milhões). Cícero Bastos
IMAGINE SE A PREFEITA DE LÁ NÃO FOSSE DO MESMO PARTIDO DO GOVERNANDOR!!!
ResponderExcluirSISSI
A desigualdade social sempre existiu e sempre existirá pois é resultado de características psico-sociais do ser humano.
ResponderExcluirDe forma global há desníveis sociais toleráveis como o norte americano e o europeu (onde mais de 84% de suas populações são da classe média), injustificados como os árabes, parte da América do Sul (onde mais de 67% de suas populações são da classe baixa, apesar dos trilhões de dólares anuais que recebem com a venda do petróleo) e do Brasil (onde a corrupção está nivelando por baixo suas classes sociais, destruindo a classe média e enriquecendo ainda mais a classe rica). E há, infelizmente os desníveis sociais intoleráveis como a africana e parte da Ásia, onde mais de 95% da população simplesmente sobrevive.
Paulo Sérgio Nogueira
que PIB grande que soma de valor de uma cidade um país ou um municipio esse dinheiro meu filhoo
ResponderExcluireu espero que um dia isso acabe de vez ..
ResponderExcluirtudo tem seus momentos de dificuldades, essa é a vida
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