Ao contrário dos partidos da base de sustentação ao governo, que até então reafirmam não abrir mão de lançarem candidaturas próprias às eleições municipais de 2012 em Salvador e grandes cidades da Bahia, lideranças de oposição no Estado, DEM, PMDB, PSDB, PPS e PTN enfatizaram ontem que as siglas podem deixar de lado os desejos pessoais para encararem um único projeto para a capital baiana e municípios de grande e médio porte. Segundo eles, esse também deve ser o foco em 2014, “onde quem tiver maior poder de aglutinação” deve liderar o processo. O assunto foi destaque no ato de lançamento da candidatura do deputado estadual Luizinho Sobral (PTN) à Prefeitura de Irecê, ocorrida no plenarinho da Assembleia Legislativa ontem. O deputado, que vai enfrentar nas urnas o atual prefeito da cidade, Zé das Virgens (PT), recebeu o apoio ainda do PR, PRTB, PHS, PTC, PTdoB. O encontro reuniu os principais nomes da oposição, a exemplo dos democratas, deputado federal ACM Neto, o ex-governador Paulo Souto, o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, os peemedebistas, ex-ministro Geddel Vieira Lima e o presidente do partido, deputado federal Lúcio Vieira Lima, o presidente do PSDB, Sérgio Passos, além de treze deputados estaduais, do presidente da Câmara de Vereadores, Pedro Godinho (PMDB), e mais 12 vereadores. Conforme os partidários, já existe entendimento em Porto Seguro e Barreiras e já se constrói a mesma perspectiva em Salvador, Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista e Feira de Santana. Sintonizados na ideia da unidade, os líderes deixaram claro que deverão perseguir a ideia, “não como um projeto contra o PT, mas de renovação para a Bahia”, a partir de 2012. Com tom de críticas à atual gestão e ao que ACM Neto chamou de “síndrome de adesismo”, os oposicionistas exaltaram a necessidade de construírem uma nova conjuntura que já aponte um novo caminho também para a sucessão em 2014. Para haver essa unidade, segundo o ex-ministro, o PMDB não será empecilho. “Onde tiver uma candidatura mais viável, a gente vai abrir mão”. ACM Neto também destacou que “os baianos não deverão mais se surpreender de o PMDB e o DEM se somarem nos palanques da Bahia”. “Vamos fazer uma avaliação detalhada em todo o Estado. PETISTA QUESTIONA ALIANÇA - Principal articulador do PT na tentativa de unir a base para as eleições de 2012, o presidente estadual do partido, Jonas Paulo, criticou a aliança baiana do PMDB – sigla que compõe nacionalmente a sustentação política e administrativa do governo Dilma Rousseff – ao DEM e PSDB. “Eu já disse que a oposição foi fragorosamente derrotada em 2010”, disse, se referindo à disputa que teve Paulo Souto (DEM) e Geddel Vieira Lima (PMDB) como opositores à reeleição do governador Jaques Wagner (PT). Jonas desacredita na unidade e frisa a incompatibilidade entre os partidos que não debatem na mesma mesa no plano nacional. Segundo ele, o PT está buscando a coesão da base “para garantir a vitória do projeto em 2012”. “É no mínimo estranho que um partido aliado fundamental da presidenta e que tem o vice-presidente da República (Michel Temer) está alimentando a ilusão da oposição demo- tucana que faz, literalmente, um gol contra”, alfinetou. Em conversa com a Tribuna, o ex-ministro Geddel justificou que esse foi o mesmo argumento utilizado pelos seus opositores em 2010 e que, no entanto, não houve imposições de cima para que ele não saísse candidato. Segundo ele, os quadros (estadual e nacional) são diversificados. “Existe uma federação pela qual eu sou disciplinado, mas nos estados é diferente”, disse. (Lílian Machado).
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