Prefeitura Itabuna

22 de novembro de 2011

OPOSICÃO SE UNE EM PRINCIPAIS CIDADES

Ao contrário dos partidos da base de sustentação ao governo, que até então reafirmam não abrir mão de lançarem candidaturas próprias às eleições municipais de 2012 em Salvador e grandes cidades da Bahia, lideranças de oposição no Estado, DEM, PMDB, PSDB, PPS e PTN enfatizaram ontem que as siglas podem deixar de lado os desejos pessoais para encararem um único projeto para a capital baiana e municípios de grande e médio porte. Segundo eles, esse também deve ser o foco em 2014, “onde quem tiver maior poder de aglutinação” deve liderar o processo. O assunto foi destaque no ato de lançamento da candidatura do deputado estadual Luizinho Sobral (PTN) à Prefeitura de Irecê, ocorrida no plenarinho da Assembleia Legislativa ontem. O deputado, que vai enfrentar nas urnas o atual prefeito da cidade, Zé das Virgens (PT), recebeu o apoio ainda do PR, PRTB, PHS, PTC, PTdoB. O encontro reuniu os principais nomes da oposição, a exemplo dos democratas, deputado federal ACM Neto, o ex-governador Paulo Souto, o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, os peemedebistas, ex-ministro Geddel Vieira Lima e o presidente do partido, deputado federal Lúcio Vieira Lima, o presidente do PSDB, Sérgio Passos, além de treze deputados estaduais, do presidente da Câmara de Vereadores, Pedro Godinho (PMDB), e mais 12 vereadores. Conforme os partidários, já existe entendimento em Porto Seguro e Barreiras e já se constrói a mesma perspectiva em Salvador, Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista e Feira de Santana. Sintonizados na ideia da unidade, os líderes deixaram claro que deverão perseguir a ideia, “não como um projeto contra o PT, mas de renovação para a Bahia”, a partir de 2012. Com tom de críticas à atual gestão e ao que ACM Neto chamou de “síndrome de adesismo”, os oposicionistas exaltaram a necessidade de construírem uma nova conjuntura que já aponte um novo caminho também para a sucessão em 2014. Para haver essa unidade, segundo o ex-ministro, o PMDB não será empecilho. “Onde tiver uma candidatura mais viável, a gente vai abrir mão”. ACM Neto também destacou que “os baianos não deverão mais se surpreender de o PMDB e o DEM se somarem nos palanques da Bahia”. “Vamos fazer uma avaliação detalhada em todo o Estado. PETISTA QUESTIONA ALIANÇA - Principal articulador do PT na tentativa de unir a base para as eleições de 2012, o presidente estadual do partido, Jonas Paulo, criticou a aliança baiana do PMDB – sigla que compõe nacionalmente a sustentação política e administrativa do governo Dilma Rousseff – ao DEM e PSDB. “Eu já disse que a oposição foi fragorosamente derrotada em 2010”, disse, se referindo à disputa que teve Paulo Souto (DEM) e Geddel Vieira Lima (PMDB) como opositores à reeleição do governador Jaques Wagner (PT). Jonas desacredita na unidade e frisa a incompatibilidade entre os partidos que não debatem na mesma mesa no plano nacional. Segundo ele, o PT está buscando a coesão da base “para garantir a vitória do projeto em 2012”. “É no mínimo estranho que um partido aliado fundamental da presidenta e que tem o vice-presidente da República (Michel Temer) está alimentando a ilusão da oposição demo- tucana que faz, literalmente, um gol contra”, alfinetou. Em conversa com a Tribuna, o ex-ministro Geddel justificou que esse foi o mesmo argumento utilizado pelos seus opositores em 2010 e que, no entanto, não houve imposições de cima para que ele não saísse candidato. Segundo ele, os quadros (estadual e nacional) são diversificados. “Existe uma federação pela qual eu sou disciplinado, mas nos estados é diferente”, disse. (Lílian Machado).

Um comentário:

  1. Quero expressar minha total admiração pelas matérias, principalmente no que diz respeito a política, com históricos completos, esclarecedores e envolventes. Realmente vocês são o melhores da internet. Meus parabéns. Elizabeth Sabóia da Silva

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