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4 de novembro de 2011

CONHEÇA DUAS PROMESSAS DA NATAÇÃO BRASILEIRA NO PARAPAN DE GUADALAJARA

No dia 12 já começa o Parapan, no qual competem atletas do mundo inteiro com deficiências físicas. A delegação do Brasil vai levar 200 competidores ao México, entre os quais estão Caio Amorim, de 18 anos, e Phelipe Rodrigues, de 21, duas promessas da nossa natação. Ganhador de duas medalhas de prata nos Jogos Paralímpicos de Pequim, Phelipe começou a nadar aos 5 anos, para fazer fisioterapia, na sua cidade natal, Recife. Só que o rapaz, que tem má formação congênita no pé direito, foi criando gosto pelo esporte e, aos 14 anos, quando se mudou para João Pessoa com os pais, entrou para o time do estado. “Até essa idade, eu usava a natação como forma de lazer. Sempre treinei junto com pessoas que não têm deficiência e isso me ajudou a conseguir bons resultados, porque precisava me esforçar mais que todos”, conta Phelipe, que compete na categoria S10. Hoje, a duas semanas do Parapan, ele treina de manhã e de tarde. À noite, ainda faz faculdade de Educação Física. “O desafio dessa competição vai ser a altitude. A cidade fica a 1.500 metros de altura e o ar, lá, é rarefeito. É preciso ter ainda mais fôlego”, explica o atleta, que, há um ano, mora na Vila do Pan, no Rio. Caio também começou no esporte com 5 anos, pelo mesmo motivo de Phelipe: recomendação médica. O garoto tem o movimento das pernas comprometidos, mas na piscina usa principalmente os braços e o tronco para alcançar seus ótimos tempos. A entrada do mundo dos campeonatos se deu aos 8 anos, quando ele competia com atletas sem deficiência. Mas foi só durante os últimos Jogos Paraolímpicos, em 2008, que ele decidiu se dedicar para valer. “Ver pessoas com deficiências parecidas com a minha competindo me fez pensar que eu também poderia chegar lá”, comenta Caio, que nasceu em Saquarema, mas mora no Rio. Apesar de treinar em dois períodos e ainda ter uma rotina pesada de musculação, o nadador encontra tempo para cursar Educação Física. O esforço não tira o otimismo de Caio com relação ao esporte, pois ele percebe que os para-atletas tem ganhado cada vez mais atenção. “Conversando com nadadores mais velhos, percebo que, dos jogos de Barcelona, em 1992, para cá, a situação do esporte paraolímpico melhorou 100%. A cada ano aparece mais investimento, tanto que, hoje, consigo me sustentar só com a grana do natação. Que garoto de 18 anos pode dizer isso? É um privilégio!”, diz Caio, que recebe um salário de R$ 5 mil por mês. Competindo na categoria S8, Caio foi campeão do Mundial Júnior do ano passado, mas já está de olho nas Olimpíadas de 2012, em Londres. Tanto ele quanto Phelipe receberam o apoio do projeto Nadando Contra a Corrente, do Instituto Superar, que investe na formação de atletas paraolímpicos, fornecendo treinadores, alimentação, transporte e todo tipo de assistência a crianças com deficiência que desejam praticar o esporte. (Revista Mega – Ângela Góes).

2 comentários:

  1. Me oprgulho de ver brasileiro vencedores... mais ainda quando são pessoas com necessidades especiais!!! Fernando Tavares de Almeida

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  2. Val Cabral, é lamentável ainda saber que nãpo existem políticas públicas, que possam motivar nossa gente se envolver mais nas atividades que revelam valores desportistas. Isso faria nosso país ter mais medalhas e mais campeões.
    Mário Cerqueira

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