GOVERNADOR CEDE A PRESSÃO E IMPLANTA HORÁRIO DE VERÃO

O governador Jaques Wagner (PT) cedeu a pressões dos empresários e anunciou na manhã de hoje que a Bahia entrará no Horário de Verão a partir do dia 16 deste mês. O estado estava de fora da mudança de horário desde 2005, portanto há seis anos. O governador embasou a decisão num levantamento que chegou a conclusão de que o Sol nasce de 45 a 47 minutos mais cedo no Estado e que a interferência no cotidiano da população é mínima. "Sé é mínima, porque alterar o horário que trás prejuízos ao organismo das pessoas, pois altera o relógio biológico?", questionou o deputado Carlos Geilson (PTN). A volta do Horário de Verão foi uma reivindicação de empresários baianos. "Entretantro, o governador não atendeu a reivindicação dos rodoviários que lhe enviaram uma carta que, certamente, foi rasgada. Mas os empresários, o governador acata", lamentou Geilson. A Bahia saiu do Horário de Verão após mobilização de diversos setores da sociedade para não adiantar os relógios. "Mas é o próprio governo federal, através do Operador Nacional do Sistema que gerencia o setor energético, afirma que o Horário de Verão não é recomendado aos estados das regiões Norte e Nordeste pois a economia de energia elétrica é considerada insuficiente para impor uma mudança de hábitos à população. A Coelba, diz também que a suspensão do Horário de Verão na Bahia é justificada por estudos do Ministério das Minas e Energia, que apontam uma queda no consumo de energia elétrica praticamente nula no estado. Então, a sociedade é contra o Horário de Verão. E até o governador era contra, mas mudou de idéia após pressão dos empresários, algo normal para quem já mudou de posicionamento diversas vezes. Mas o governador disse ano passado, que, aderir ao Horário de Verão iria passar a impressão de que a Bahia estava se negando a não acompanhar os demais estados do Nordeste, e se aliando aos estados das regiões Sul e Sudeste. Hoje isso se torna uma realidade. Mas é um governador que cede aos empresários e dá as costas a sociedade como o fez com os rodoviários, o que é lamentável", concluiu.