SAÚDE COMO QUASE CASO DE POLICIA EM ITABUNA

Uma das grandes áreas do serviço público e, por isso mesmo, sempre necessitando de atenção permanente, a saúde é também foco de problemas, quando não de escândalos em Itabuna. Nos últimos dias, o noticiário revelou a situação do moribundo Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães. Até lençóis anda faltando para pacientes internados. Há algumas semanas, a unidade que estava nas páginas da imprensa era o Hospital São Lucas, enfrentando problemas com grandes falta de recursos. Um dos mais complicados centros de tratamento de pessoas, o Hospital de Base tem a particularidade de ser uma referência de emergência – é lá onde são socorridas pessoas com mais gravidade em seus estados de saúde, sobretudo os politraumáticos. Ontem como hoje, a Maternidade da Santa Casa de Misericórdia frequenta a pauta rotineira de carências que rondam a rede pública. Mas o que tem despertado a atenção com detalhes bastante preocupantes é o Centro Médico Pediátrico de Itabuna-CEMEPI. Como a imprensa tem mostrado, aquela unidade está submetida a uma crise realmente gravíssima. Não se trata de demonizar qualquer gestor, mas não se pode amenizar o diagnóstico quando a situação é dramática. Não se pode considerar natural que crianças fiquem sem ter com quem contar em suas necessidades de socorro médico e hospitalar e que pacientes que acabam de passar por cirurgia, e precisam de antibióticos para sua recuperação, fiquem sem essa assistência. E, o pior, com familiares dessas pessoas internadas sendo tratados sem transparência sobre a falta dos remédios. Conhecido no passado como “IPEPI”, aquele Centro Médico Pediátrico, não pode ficar na situação atual, sem que se tenha uma previsão de sua superação. Está claro que a vida de seres humanos não está recebendo a atenção necessária, e uma tragédia não é descartada. Por isso que as autoridades estaduais devem dar atenção a isso – antes que seja tarde demais.