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Natal Itabuna

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Trief

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21 de julho de 2011

O TOXICOMANISMO TEM ORIGEM NO TÉDIO E CRISE EXISTENCIAL

Dias atrás, foi anunciado, com relativo alarde, o resultado de uma experiência na qual ratos, induzidos ao consumo de drogas, deixaram o vício, após a aplicação de um determinado medicamento. A notícia é alvissareira. No entanto, quando se trata do combate às drogas, pode-se até chegar, no futuro, com o uso de medicamentos, ao resgate dos dependentes químicos atuais, mas não se impedirá que outras tantas pessoas ingressem nesse submundo, enquanto não se enfrentar um dos elementos que levam as fileiras dos usuários a engrossarem a cada dia: a falta de sentido para a própria existência. Pode parecer simplório tal afirmação, mas bastar escutar as falas de ex-usuários, em luta pela recuperação, para se perceber, em suas histórias diversas, um só fio condutor para o uso de entorpecentes: a frustração existencial, causada pela dificuldade em confrontar-se com a própria vida e seu sentido. Nas suas ações, o ser humano não é movido simplesmente por um princípio de prazer – ou vontade de prazer –, afirmação principal das causas do vício. Na realidade, quando procura o prazer, o ser humano está buscando primariamente um sentido para a sua existência. Esta é a sua principal força motivadora. Esse sentido, buscado tenazmente por cada indivíduo, é exclusivo e específico, pois é na vida concreta de cada pessoa, no seu cotidiano, onde se descobre o eixo norteador de sua existência, o sentido potencial da sua vida a ser realizado. E a saúde mental reside na tensão gerada entre aquilo que o indivíduo é e aquilo que ele, e unicamente ele, deve realizar na sua vida. O equilíbrio mental consiste no enfrentamento dos desafios propostos por aquilo que já foi alcançado e aquilo que se deve alcançar. O ser humano não precisa, portanto, para o seu bem-estar psíquico, descarregar suas tensões a qualquer custo, mas do desafio de um sentido em potencial a espera de seu cumprimento. Quando não sabe lidar com a tensão de dar um sentido à própria vida, o indivíduo cai naquilo que é definido como vazio existencial, manifestado por um estado de tédio, de apatia. E fenômenos como o vício - na suas diversas manifestações - não podem ser entendidos se não se reconhece o vazio existencial relacionado a ele. Um tecido social sólido, que fortaleça os jovens, oferecendo-lhes valores, educando-lhes a conviver com suas limitações, é o caminho para potencializar o sentido da vida, que somente cada um pode dar a sua história. E, assim, protegê-la contra qualquer tipo de dependência. É tão difícil entender isso?

2 comentários:

  1. Ninguém nasce viciado, isto é uma opção. Se o governo começar a valorizar os viciados ai mesmo é que todo mundo vai querer ser mais um. Quem entra para esse caminho entra consciênte é porque é sem vergonha e por que mereceria uma atenção especial ? Quem merece uma atençao especial é quem trabalha, quem pega um trem lotado logo pela madrugada e volta a noite para casa e quando fica doente morre nas filas de espera dos hospitais. O viciado é quem banca a violencia, é ele quem sustenta o traficante e leva dinheiro para ele comprar arma pesada e fazer vitimas de todo jeito. Por que uma atenção especial para um cara desses?Sinceramente não vejo nenhuma razão para um viciado merecer nada. Um trabalhador que é acometido de uma doença que ele não pediu para tê-la já não tem qualquer atenção do governo, por que um viciado iria merecer atenção especial.?
    Desculpe mas é assim que vejo situação!

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  2. o governo não fornece as drogas, as pessoas começam a se drogar por vontade própria, ninguem ajuda. Ai depois os outros tem que ajudar, lógico que não, se ele entrou nessa sozinho, que saia sozinho.

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