AS MELHORES MULHERES DA MINHA VIDA

Cada vez, com mais frequência, me lembro delas. Nas alegrias e ou tristezas, suas lembranças estão sempre presentes. Estas lembranças me embalam o espírito, me engrandecem, me fazem melhor. As lembranças vêem de longe. Pela ordem cronológica, me lembro primeiro da mais nova. Mulher simples, feita no trabalho e na luta, com pouco estudo, foi a melhor pessoa que conheci. Honesta, extrovertida, gentil, conquistava fácil quem lhe conhecia. Sempre sorridente e prudente ao mesmo tempo, recatada na conduta, impecável nos gestos, era minha mãe. Quantas vezes lhe perturbei com minhas travessuras de criança, quantas vezes! De sua breve e aparente ira, brotava, em seguida, todo o amor e proteção que só uma mãe sabe dar. Como eu gostaria de ter sido um filho ainda melhor, mas eu era só um jovem, e um jovem quase nunca compreende a grandeza do amor de uma mãe. Foi sempre assim. Quanto orgulho e ensinamento esta lembrança traz para mim. Minha segunda mulher era o perdão em pessoa e ocorreu em dose dupla: Vovó Senhora, mãe da minha mãe e vovó Bibi, mãe do meu pai. Suas imagens para mim e para meus irmãos era de duas grandes vós amorosas, compartilhadoras de todos os momentos, amigas, irmãs, presentes. Inteligentes, assim eram. Mãe e vós nos criaram, livres, confiantes, amados, sem medo. As poucas vezes que merecidamente nos castigaram, fizeram sofrer mais a elas do que a nós. Grande mãe e vós tivemos. O sobrenome delas deveria ser amor e perdão. Espelho para o meu proceder. A terceira mulher da minha vida foram duas! Iguais nas condições, mas distintas em seus tempos. Mônica, minha primeira esposa e Gal, minha segunda esposa. Mães dos meus três filhos: vadinho e Faninho (Mônica) e Pedrinho (Gal). Companheiras, quase irmãs do peito e do coração. Ah! Minhas ex-esposas, como nos amávamos. Quantas aventuras juntos, quantas estripulias e lembranças. As aventuras, os momentos que compartilhávamos, as coisas que trocávamos, as confidencias, a cumplicidade, a proteção mútua. Degraus que me ajudaram a avançar sobre a escada da vida. Houve situações em que fui ruim para elas. Nunca de sã consciência quis ser. Minha quinta mulher é Joelma Cabral, minha atual esposa. Com ela me esforço para cometer menos erros e ser protagonista das virtudes que me faltaram com Mônica e Gal. Tive e tenho ótimas irmãs, primas, cunhadas, tias, professoras, patroas, amigas. Grandes e excelentes mulheres. O tempo e a experiência da vida nos eleva à condição de indivíduos em constante evolução de espírito e comportamento. Todas as mulheres que fizeram parte da minha existência, me proporcionam à certeza da grande dádiva que a vida me deu, de ter, avô, mãe e companheiras, como as que tive. Minha vó materna Maria Senhora, Minha Vó paterna Bibi e minha Mãe Nice estão nos céus. Mônica e Gal estão nas Graças de Deus. Joelma me faz feliz e me renova como homem. Obrigado aos céus e a vida.