Prefeitura Itabuna

Câmara Itabuna

Câmara Itabuna

28 de maio de 2011

O PADRE É PAI E MARIDO SEM PODER SE CASAR

O celibato sacerdotal continua sendo – principalmente no contexto do pandemônio sexual em que vivemos – contestado, incompreendido e, muitas vezes, ridicularizado. No entanto, a reflexão que se segue não é uma apologia ao celibato diante de um mundo hostil, mas uma meditação do dogma dessa imposição da Igreja. O celibato sacerdotal é uma norma. Aquele que possui vocação ao ministério sacerdotal e está consciente de não ter recebido o dom de renunciar à vida conjugal não pode ser padre.. O celibato, no entanto, não é uma norma fria, canônica tão somente. Não se trata de simplesmente não casar. O celibato é uma situação que manifesta ao mundo uma das realidades da vida futura. O padre renuncia ser marido e pai biológico. No entanto, essa renúncia permite a ele ser não somente esposo e pai, mas irmão, filho, à medida que o seu coração vai se entranhando de amor e misericórdia pelos que lhes são confiados; ao passo que ele vai sofrendo com os que sofrem e se alegrando com os que se alegram. O cristão deve desejar o céu. Se não o faz, é um meio-cristão. Muito mais o sacerdote; ele não somente deseja o céu, como já vive aqui uma das realidades eternas. Evidentemente, como o Cristo ressuscitado traz as marcas da sua imolação, o celibatário manifesta o homem novo com as marcas das tentações e desafios próprios de seu tempo. Ser celibatário é o dom de um jeito novo de amar. Dom que é um dos frutos do Espírito em nós: a castidade. Essa graça deve ser tão marcante nos padres, que, ao olhá-los, as pessoas aspirem às realidades eternas, desejem serem também habitantes do céu.

11 comentários:

  1. A implantação do celibato na Igreja teve objetivos absolutamente práticos. Padres casados, quando mortos tinham herdeiros. Padres solteiros, quando mortos, na maioria das vezes deixavam todos as suas posses para a Igreja! O patrimônio da Igreja Católica, hoje, não deixa dúvidas de que o plano deu certo!
    Marcus Meyer

    ResponderExcluir
  2. Primeiro foram os religiosos proibidos de se casarem, depois de reconhecer filhos, e por fim de ter amantes. Aí celibataram. Martins

    ResponderExcluir
  3. Seria interessante analisar o que ocorre nas comunidades católicas que possuem a tradição milenar de ter seus sacerdotes casados. Creio que cada Papa já fez essa avaliação e optou em manter para o Ocidente o celibato. Ou seja, o catolicismo tem como avaliar as duas faces da questão. Nessas comunidades não há escândalos sexuais envolvendo padres? O número de vocações lá é maior que no Ocidente? Se as respostas forem sim, seria o casamento dos padres a resposta? Ou outras circunstâncias determinam a sanidade sexual na hierarquia eclesial?
    Edem de Almeida

    ResponderExcluir
  4. Val Cabral, sou favorável ao fim do celibato, mas não se iluda com a eficiência dessa variável para diminuir os escândalos sexuais na Igreja, pois sabemos que, em sua grande maioria, tais escândalos são HOMOSSEXUAIS. Como a Igreja não aprovaria o casamento de padres homossexuais, o problema continuaria mais ou menos no mesmo nível.
    Abraços.
    José Carlos Macedo da Silva

    ResponderExcluir
  5. Pedro já era casado quando passou a seguir Jesus.
    Na Igreja, existem humens que se tornaram padres depois que ficaram viúvos.
    Messias

    ResponderExcluir
  6. Juscelino Batista30 maio, 2011

    Devemos lembrar que a igreja católica é acima de tudo o valor de sua tradição secular, milenar. O celibato é a maior expressão da renúncia feito pelos religiosos em favor da fé, da igreja, considero que seja até uma forma de pregar o autocontrole em tempos tão contaminados pelo sexualismo desenfreado que vemos pelo mundo afora. A igreja deve sim procurar e punir dentro e fora do Vaticano os padres corrompidos, mas nunca abandonar a tradição.

    ResponderExcluir
  7. Deus proteja nosso querido Papa Bento XVI. Quem entra para a Santa Igreja Católica deve seguir as regras da Instituição. A Igreja Católica criou a civilização ocidental. Os safados, os pederastas, os mensageiros do diabo é que devem ser retirados da Igreja.
    Marcel Aziz Iunes

    ResponderExcluir
  8. Deus, ao criar ao homem disse que não era bom que ele ficasse só.
    Jesus foi claro ao dizer que o homem deveria deixar seus pais e unir-se à uma mulher, e os dois se tornar uma só carne.
    Não foi Paulo, nem Pedro, foi Deus e Jesus que ordenou o casamento. Passou do momento de a Igreja Católica colocar em prática ordenanças do próprio Deus.
    Daniel Benedito Dias

    ResponderExcluir
  9. Val Cabral, o tempo do celibato na Igreja já teve o tempo em que ele foi necessário, hoje só afasta pessoas que muito podiam contribuir para engradecimento da Igreja Catolica, tão atingida por escandalos e tomadas padres que mais se preocupam com politica, de que proprieamente com a Palavra de Deus.
    Sandro Borges

    ResponderExcluir
  10. Todo o verdadeiro católico sabe que a Igreja não acaba. Não será o celibato que irá acabar com a Igreja. Ora, se um padre não consegue cumprir com seus votos de castidade, com o fim do celibato, quais outros votos ou leis serão discutidas?
    João Paulo

    ResponderExcluir
  11. Tenho na cabeça um sistema de alarme meio estranho, que muitas vezes, em discussões e conflitos globais, faz a sirene disparar. Esse problema da conduta dos padres católicos está provocando uma grande desconfiança em mim. Na época de Shakespeare, covento era sinônimo de bordel, Eça escreveu ‘O Crime do Padre Amaro’, padres casados ou amasiados eram e são legião. Seguindo a moda dos tempos, hoje os padres parecem ser um exército de pedófilos. - Emily

    ResponderExcluir

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: